22 fev, 2017 - 06:52 • Maria João Costa
Começa esta quarta-feira, em Madrid, a maior feira de Arte Contemporânea da Península Ibérica – ARCO.
Nesta 38ª edição estão representados 27 países, através de 200 galerias, 13 das quais de Portugal.
Em entrevista à Renascença, o director da ARCO, Carlos Urroz, fala numa edição “mais pequena e concentrada”.
A presença portuguesa este ano na ARCO conta com mais galerias?
Este ano participam 13 galerias portuguesas. O mais significativo é que três delas participam na secção “Opening” destinada a galerias jovens de todo o mundo, com menos de sete anos de existência e onde há apenas 18 galerias e três delas são portuguesas.
Portanto, isso mostra a nova fornada de galerias jovens em Portugal, tanto em Lisboa como no Porto. São a Kubik do Porto e Pedro Alfacinha e Madragoa de Lisboa. Isto mostra o interesse internacional por Lisboa e pelo Porto como espaços de arte.
E o que há de tão interessante no Porto e em Lisboa que justifique esta participação de galerias jovens?
Bom, primeiro são cidades com tradições culturais muito importantes e por vezes desconhecidas para países do centro da Europa. Depois são cidades com espaços históricos, como a Cordoaria Nacional onde fazemos a ARCO Lisboa que encanta toda a gente. Além disso, tem artistas muito bons tanto entre os mais jovens, como entre os de 50, 60 anos.
Como será a ARCO Madrid este ano?
São 200 galerias de todo o mundo, 41 delas da América Latina. Este ano será muito latino-americano com a Argentina como país convidado. Há 16 galerias que vêm da Argentina e vai haver artistas argentinos que trabalham com galerias internacionais que vão estar em outros stands.
Vai ser uma feira mais pequena, mais concentrada. Trabalhamos muito a qualidade e os conteúdos. Muitas galerias apresentam apenas um ou dois artistas. Isso torna a visita mais agradável, podes conhecer melhor os artistas, a sua obra, porque a fazem e como a fazem.
A Argentina é de novo um olhar para a arte da América Latina. É uma arte muito fresca?
É muito interessante. É verdade que tanto na Argentina, como na Colômbia, no Brasil ou no México, tudo países já convidados para a ARCO, há uma cena muito interessante quer de artistas como de coleccionistas. E isso faz como a América Latina esteja no foco de atenção dos coleccionadores internacionais.
Este ano a ARCO premeia de novo uma colecção portuguesa. Depois de António Cachola, agora é a Colecção da fundação EDP?
Sim, a Fundação EDP faz um trabalho excepcional tanto no coleccionismo, como no mecenato aos artistas portugueses. E inaugurou o MAAT, o Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia este ano. Pensamos que o prémio “A”, da Fundação ARCO, este ano era justo que premiasse a fundação EDP.
Vamos ter de novo ARCO Lisboa?
Sim, de 18 a 22 de Maio na Cordoaria Nacional. Está tudo preparado. Já está tudo em andamento.