20 out, 2017 - 12:34
O escritor João Pinto Coelho venceu o Prémio LeYa 2017 com o romance "Os loucos da rua Mazur".
Este é o maior prémio para uma obra inédita escrita em língua portuguesa, no valor de 100 mil euros, e inclui a edição da obra pelo grupo editorial Leya.
O júri elogiou "as qualidades de efabulação e verosimilhança em episódios de violência brutal com motivações ideológico-políticas e étnico-religiosas" deste romance inédito.
O escritor tem já publicado o romance "Perguntem a Sarah Gross", de 2015, que foi finalista do prémio Leya em 2014. De acordo com o currículo do autor, João Pinto Coelho nasceu em Londres, em 1967, e é licenciado em Arquitectura pela Universidade Técnica de Lisboa.
Em 2009 e 2011 participou em acções do Conselho da Europa, em Auschwitz, na Polónia, tendo juntado alunos portugueses e polacos no projecto “Auschwitz in 1st Person/A Letter to Meir Berkovich”.
No ano passado, o júri deliberou por unanimidade não atribuir o prémio, dada a falta de qualidade das obras apresentadas, repetindo o que sucedera em 2010, a primeira vez em que não foi atribuído o galardão.
Em 2015, o vencedor foi "O Coro dos Defuntos", de António Tavares, sucedendo a Afonso Reis Cabral, vencedor da edição de 2014, com "O Meu Irmão".
De acordo com o regulamento, o Prémio LeYa visa "incentivar a produção de obras originais de escritores de Língua Portuguesa, e destina-se a galardoar uma obra inédita de ficção literária, na área do romance, que não tenha sido premiada em nenhum outro concurso".
O regulamento determina ainda que podem candidatar-se ao prémio "todas as pessoas singulares com plena capacidade jurídica, independentemente da sua nacionalidade".