09 fev, 2018 - 13:25
Um asteróide de dimensões a rondar entre os 15 e os 40 metros passará, esta sexta-feira, a cerca de 64 mil quilómetros da Terra, anunciou a NASA, a agência espacial norte-americana.
O 2018 CB, o nome com que este objeto cósmico foi baptizado, passará a um quinto da distância entre a Terra e o seu satélite natural, a Lua. Uma passagem relâmpago, que acontece por volta das 22h00 de Portugal, mas que não representa qualquer perigo para o planeta Terra.
Two asteroids, one week. The 1st of this week’s close-approaching asteroids happened Feb. 6 at 3:10pm ET at a distance of ~114,000 miles. The 2nd asteroid will safely pass by Earth on Fri. at 2:30pm at a distance of ~39,000 miles. Get the details: https://t.co/pBqMPxgYuW pic.twitter.com/XHG9rMi9Kb
— NASA (@NASA) 7 de fevereiro de 2018
"Apesar de o 2018 CB ser um objeto pequeno, é provável que seja maior do que o asteróide que entrou na atmosfera em Chelyabinsk, na Rússia, há cinco anos, em 2013", disse Paul Chodas, diretor do Centro de Estudos para Objectos Próximos da Terra da NASA.
Em fevereiro de 2013, um meteoro com dimensões semelhantes rasgou os céus da Rússia e provocou 1.200 feridos. De acordo com um estudo divulgado um ano após o incidente, o astro tinha uma potência de 500 quilotoneladas, ou seja, 30 vezes mais do que a bomba nuclear que explodiu em Hiroshima, no Japão, durante a II Guerra Mundial.
As ondas de choque do meteorito que se despenhou a 15 de fevereiro, num lago, tinham força suficiente para derrubar uma pessoa, indicam os especialistas.
Este incidente levou os cientistas a concluir, na altura, que asteróides como o de Chelyabinsk, com cerca de 19 metros de diâmetro, são mais comuns do que se pensava. Estima-se que possa haver cerca de 20 milhões em órbita perto da Terra.
"Objetos deste tamanho não costuma aproximar-se tanto do nosso planeta - talvez uma ou duas vezes por ano", adiantou o especialista da NASA.
Também por isso é que a passagem do 2018 CB perto da Terra é tão especial. É que na terça-feira, um outro asteróide, quase três vezes maior do que o 2018 CB, passou a 184 mil quilómetros do nosso planeta.