21 mai, 2018 - 17:12 • Maria João Costa
Começa esta sexta-feira a Feira do Livro de Lisboa. A edição número 88 terá o espaço alargado, mas o horário será reduzido. A Feira cresce em termos físicos no Parque Eduardo VII para norte e oeste, explicou esta segunda-feira o diretor executivo, Pedro Pereira da Silva, em conferência de imprensa. Contudo, o horário será alterado.
De segunda a quinta-feira, bem como ao domingo, a feira irá fechar mais cedo, às 22h, indicou o secretário-geral da APEL, Bruno Pacheco. Outra alteração é a da “Hora H”, que passa para o espaço entre as nove as dez da noite.
A alteração surge na sequência das respostas "de editores e participantes da feira a um questionário" no qual "um largo número sugeria" estes novos horários, indicou Bruno Pacheco na conferência de apresentação da feira, que decorreu esta tarde em Lisboa. A mudança, adiantou o responsável da Associação de Editores e Livreiros, permite "antecipar o horário da Hora H, até porque muitos visitantes vêm com crianças e torna-se numa hora mais adequada”.
Outra das novidades deste ano é que a feira vai abrir numa sexta-feira e não na habitual quinta-feira e vai decorrer até 13 de Junho, “dia do padroeiro de Lisboa”, indicou o diretor executivo da feira. De olhos postos no mapa que o ilustrador Ricardo Cabral desenhou para o certame, Pedro Pereira da Silva explicou outra das inovações da 88.ª edição que se prende com o aumento do espaço "mais para norte e para a zona oeste".
Nesta última, “ficará o 'show cooking' e haverá vários 'spots' de alimentação alternativa, nomeadamente com fruta e comida mexicana” explicou o director executivo. Para a zona sul passará o auditório da feira do livro, que agora passará a estar junto à rotunda do Marquês de Pombal e ao lado do stand da APEL, onde "vão ser apresentadas fotografias das últimas 88 edições de feira", adiantou Pedro Pereira da Silva.
Para enfrentar o sol, “as praças vão estar em zonas de maior ensombramento e assim ter melhores condições para quem visita a feira”, explicou ainda o responsável da feira. Numa altura em que o Parque Eduardo VII já tem as diversas bancas à espera dos livros, o secretário-geral da APEL também desvendou o aumento do número de pavilhões.
Depois de, em 2017, a feira ter recebido um total de 537 mil visitantes, a 88.ª edição contará com “294 pavilhões, mais oito do que no ano passado, e mais marcas editoriais”, num total de 626, disse Bruno Pacheco. Já a zona de restauração manterá a sua dimensão, com 42 espaços.
Debates e atividades para crianças
A Feira do livro conta com a programação pensada pelos editores e também por parceiros do evento anual, como a Fundação Francisco Manuel dos Santos. Na praça azul, haverá um conjunto de programas e debates ao vivo nos quais a Renascença irá participar, em parceria com essa mesma fundação.
Também para os mais novos, há diversas atividades programadas pelas Bibliotecas de Lisboa. “Uma das novidades deste ano envolve crianças e famílias", explicou Susana Silvestre, da autarquia. "Numa parceria com o Plano Nacional de Leitura, haverá uma arruada da leitura a 13 de junho, às 14h, em que as crianças vão distribuir folhetos e marcadores de livros."
Se for à Feira do Livro já neste primeiro fim-de-semana, poderá assistir a uma sessão com o realizador Miguel Gonçalves Mendes, na qual estará também presente o ensaísta Eduardo Lourenço – personagem do recém-estreado filme "Labirinto da Saudade". Também nesta edição haverá uma “batalha de chefs” de cozinha.
A programação completa pode ser consultada no site oficial da Feira.