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20 anos de Nobel de Saramago: O dia em que o país se "levantou em alegria"

08 out, 2018 - 10:25

A 8 de outubro de 1998 era anunciado o primeiro Nobel de Literatura conquistado por um escritor de língua portuguesa. José Saramago, o autor galardoado, foi um dos últimos a receber a notícia, por intermédio de uma mulher que nunca mais voltaria a ver.

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Sozinho no aeroporto de Frankfurt, de regresso a Portugal depois de uma participação na célebre feira do livro alemã. Foi desta forma que José Saramago recebeu a notícia. Pela primeira e única vez, um escritor de língua portuguesa conquistava o Prémio Nobel da Literatura. O autor, com origem ribatejana, foi um dos últimos a saber da novidade, pela voz de uma hospedeira portuguesa, minutos antes de partir um avião com destino a Madrid, no qual acabou por não embarcar.

Esta e outras peripécias, que marcaram a atribuição do Nobel a Saramago, são contadas por Ricardo Viel, jornalista brasileiro e diretor de comunicação da Fundação José Saramago, no livro "Um país levantado em alegria", recentemente publicado.

Em entrevista à na Manhã da Renascença, o autor brasileiro descreve este episódio como “fascinante” e compara-o a um autêntico “romance”.

“Parece que José Saramago foi uma das últimas pessoas a saber. Pelos relatos que nós temos, a primeira pessoa que fala com ele ao telefone, pelo menos com quem eu consegui conversar, foi a jornalista Teresa Cruz, que trabalhava na feira do livro. Então é ela quem telefona para o aeroporto e consegue falar com alguém da [companhia aérea] Iberia e pede que não deixem José Saramago embarcar no avião”, conta Ricardo Viel.

O jornalista brasileiro descreve frieza na reação de Saramago e acrescenta que “a sensação que dá é que o Saramago via aquilo quase à distância”. De acordo com Viel, só quando regressou à feira do livro de Frankfurt é que o autor português manifestou os primeiros traços de alegria e emoção pela conquista. Seguiu-se então a festa e uma celebração que viria a "levantar um país de alegria", como assim relatou o escritor Eduardo Prado Coelho, numa expressão que mais tarde serviria de inspiração a Ricardo Viel.

Vinte anos anos após o anúncio da decisão da academia Sueca, a 8 de outubro de 1998, celebra-se esta segunda-feira, em Portugal, um marco único no reconhecimento internacional da literatura portuguesa. O Convento São Francisco, em Coimbra, acolhe, por isso, de hoje a quarta-feira, o congresso internacional "José Saramago: 20 anos com o Prémio Nobel", num evento que terá a presença do Presidente da República.

A celebração ficará também marcada pela publicação do "Último Caderno de Lanzarote", inédito do autor e parte integrante do diário que escreveu ao longo dos 17 últimos anos de vida. Ao longo dos seus 87 anos de vida, José Saramago publicou mais de 40 títulos de diferentes géneros literários, classificados, no seu conjunto, por vários editores como "uma obra determinante na literatura portuguesa e universal”.

Comentários
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  • otário
    27 out, 2018 coimbra 15:17
    "Em que se levantou de alegria" !!!!!!!!!!! Eu não, embora não queira dizer que merecesse ou não, pois na minha opinião, não foi boa RÊS.
  • 16 out, 2018 13:37
    a minha reação ao Nobel do Saramago foi igual `expressão " do laureado na foto desta notícia.
  • FERNANDO MACHADO
    12 out, 2018 PORTO 10:06
    SIM SENHOR, É VERDADE. FOI A ALEGRIA DO CEMITÉRIOS.....ESTOU CONVICTO QUE MAIS DE 95% DA ESQUERDALHA QUE ENDEUSA ESTE ESCREVINHADOR, NÃO LEU SARAMAGO...PAZ À SUA ALMA.
  • VIRIATO
    09 out, 2018 CONDADO PORTUCALENSE 22:26
    Este anti Cristo e anti Português, é um produto acabado da história que não tem história nenhuma, de mais uma personagem criada no famigerado abril de 1974. Este e mais uns quantos são letrados à moda do Pinócrates, com certificados passados aos domingos ou dos créditos da participação no rancho folclórico lá da terra do relvas, são doutores da mula russa fabricados pelos prec´s desta malfadada pseudo-democracia. é comovente ver um tal de professor martelo, dito católico convicto, ir homenagear este anti Cristo, que mais não fez do que blasfemar a imagem e a palavra deixada por Jesus Cristo. Mas para a reeleição desta personagem para mais 4 anos de tacho, vale tudo inclusive negar Cristo tal como fez Pedro antes dos Judas Escariotes desta vida entregá-lo a Pilatos para o cravarem na cruz. Pior ainda, é os putos na escola andarem a interpretarem estes artistas fajutos, quando o que deviam, era aprenderem o verdadeiro Português deixado por Luís Vaz de Camões. Para quando é que os Portugueses se unem por exemplo para acabar com este acordo ortográfico que nem os brasileiros nem os africanos o utilizam...só os tansos destes políticos...que o impõem aos outros.
  • António dos Santos
    08 out, 2018 12:15
    Este gajo não merece nada dos portugueses. Pois passou a vida a dizer mal de Portugal. Era um autêntico burro a nível gramatical, pois não sabia fazer a pontuação e por isso, criou-se um estilo de escrita, para calafetar a sua ignorância. Tinha e temos, melhores escritores do que ele. Só recebeu o prémio, por movimentos nos bastidores. Mas a nossa classe política e tão subserviente, que se baixa tanto e deixa criar uma fundação e ainda vêm para Portugal as suas cinzas, que deviam ficar onde ele dizia que era bom. Os portugueses não lhe devem nada.

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