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Globos de Ouro. “Bohemian Rhapsody” é o melhor filme e Netflix consegue cinco prémios

07 jan, 2019 - 07:47 • Redação com Reuters

Um ano depois do discurso de Oprah Winfrey contra "os homens poderosos e brutais", esta edição não ficou marcada por comentários políticos.

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Vitórias inesperadas em noite de globos
Vitórias inesperadas em noite de Globos de Ouro

“Bohemian Rhapsody”, o filme biográfico sobre a banda britânica “Queen”, levou todos os Globos de Ouro para os quais estava nomeado: o de melhor filme e melhor ator.

Freddy Mercury foi interpretado por Rami Malek, ator norte-americano de origem egípcia, que ganhou notoriedade pela sua participação na série televisiva "Mr. Robot". Era a terceira vez que Rami estava nomeado como melhor ator, mas este foi o primeiro ano que conseguiu o prémio.


Rami Malek dedicou o prémio a Freddy Mercury, que morreu de sida em 1991. “Adoro-te, homem bonito. Isto é para ti por causa da tua beleza”, disse Malek no discurso de vitória.

O prémio de melhor filme de língua estrangeira foi para “Roma”, produção do catálogo de filmes da Netflix, uma longa metragem sobre a vida da família de uma empregada de limpeza na Cidade do México.


Alfonso Cuarón, autor de “Roma”, levou também o globo de melhor realizador.

“Green Book” venceu na categoria de melhor musical ou comédia. O filme, que retrata a vida de um americano de origem italiana que se torna motorista de um músico afrodescendente, deu também a Mahershala Ali o Globo de Ouro para o melhor ator secundário e o de melhor argumento para Nick Vallelonga, Brian Currie e Peter Farrelly.

Um dos grandes derrotados da noite foi o filme “Assim Nasce Uma Estrela”. Estava nomeado para cinco categorias, mas apenas arrecadou um troféu, o de melhor canção original.

No papel de uma mulher que questiona as suas escolhas de vida enquanto viaja para Estocolmo com o marido, onde ele receberá o Prêmio Nobel de Literatura, Glenn Close conseguiu o prémio de melhor atriz.


A interpretar Dick Cheney, em "Vice", Christian Bale levou o globo de melhor ator para um filme de comédia.

Um ano depois do discurso de Oprah Winfrey contra "os homens poderosos e brutais", em pleno desenvolvimento do movimento #MeToo, esta edição não ficou marcada por comentários políticos, pelo menos até Christian Bale subir ao palco para receber o prémio de melhor ator em comédia ou musical, pela sua performance em "Vice", de Adam McKay.

"O que acham? Mitch McConnell a seguir?" brincou o ator nascido no País de Gales, referindo-se ao líder da maioria do Senado norte-americano. "Obrigado a Satanás por me dar inspiração para este papel”, acrescentou.

Olivia Colman foi distinguida como melhor atriz na mesma categoria.


O prémio de melhor atriz secundária foi para Regina King, que interpretou uma mulher de um condenado inocente, em “If Beale Street Could Talk”. No discurso de vitória, Regina apelou à igualdade de género e prometeu que irá fazer tudo ao seu alcance para que todas as suas produções tenham 50% de mulheres.

Sandra Oh, conhecida pelo seu papel de médica na série "Anatomia de Grey", com o qual também venceu um Globo de Ouro em 2006, voltou a conseguir o prémio de melhor atriz em série televisiva, no papel de funcionária dos serviços secretos ingleses em "Killing Eve".

No campo televisivo, "The Americans", que retrata a vida de dois espiões russos nos EUA dos anos 1980, foi eleita a melhor série dramática, na sexta e última temporada, enquanto a melhor série de comédia foi "O Método Kominsky".


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