11 abr, 2019 - 07:48 • Redação
Uma jovem cientista, de 29 anos, é uma das principais responsáveis pela construção do algoritmo que tornou possível capturar a imagem de um buraco negro, divulgada na quarta-feira.
Foi a primeira vez na história que os cientistas conseguiram revelar imagens de um objeto astronómico que Albert Einstein imaginou.
Para conseguir esta imagem do centro da galáxia M87, a 54 milhões de ano-luz da Terra, foram precisos telescópios em vários pontos do globo e uma vasta equipa de cerca de 30 cientistas, em colaboração com astrónomos, engenheiros e matemáticos de todo o mundo.
Desta equipa faz parte Katherine Bouman, uma jovem cientista que tem andando a desenvolver este algoritmo há seis anos, desde que completou o curso no MIT - Massachusetts Institute of Technology.
Desde então tem mantido segredo sobre o seu trabalho e não podia partilhar com ninguém - à exceção dos colegas - o que andava a fazer.
Esta quarta-feira, após a revelação da imagem histórica, Katie partilhou um publicação na sua página do Facebook. “Observando, incrédula, a primeira imagem que fiz de um buraco negro em processo de reconstrução”, escreveu.
O grupo de cientistas usou o algoritmo para processar dados recolhidos pelos telescópios espalhados pelo mundo. Contudo, “um número infinito de imagens possíveis” podia explicar os dados obtidos, contou Katie ao “The Washington Post”. E foi aí que entraram os algoritmos, para organizar o caos.
“Interesso-me pela forma como podemos ver ou medir coisas que são consideradas invisíveis para nós”, explicou a cientista na mesma entrevista.
No Twitter, o MIT partilhou uma foto de Katie com os discos que contêm todos os dados utilizados pelos cientistas lado a lado com uma foto da cientista Margaret Hamilton, que ajudou a escrever o algoritmo que permitiu a ida do Homem à Lua.