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Fundão. Novas gravuras rupestres descobertas junto ao rio Zêzere

03 out, 2019 - 12:01 • Lusa

Conjunto é composto pela cabeça de um cavalo, um caprino e figuras geométricas.

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Um novo conjunto de gravuras rupestres foi descoberto no Poço do Caldeirão, junto ao rio Zêzere, na freguesia da Barroca, concelho do Fundão.

"Estamos a falar de um conjunto de novas gravuras que representam a cabeça de um cavalo, um caprino e figuras geométricas, e que estão enquadradas num complexo gráfico que remonta à pré-história. Aparentemente, são do período do Paleolítico Superior, mas esse estudo terá de ser aprofundado", o diretor do Museu Arqueológico local.

Segundo explicou Pedro Salgado, estas gravuras foram recentemente identificadas por uma equipa do Museu Arqueológico Municipal José Alves Monteiro, no âmbito de trabalhos de monitorização, e estão na mesma zona onde já se tinham descoberto outras gravuras, em 2003.

O conjunto agora identificado conta com diferentes figuras, sendo que uma dela desperta mais atenção pela conservação da rocha e pela nitidez da imagem, que representa um caprino.

"Também é uma rocha que está muito próxima da linha de água e que confirma a importância que o rio sempre teve nas comunidades, sendo que estamos perante um conjunto de mensagens milenares que confirma a importância daquele sítio fabuloso, que é o Poço do Caldeirão, que continua a comunicar e que está muito longe de estar esgotado do ponto de vista do estudo", acrescentou.

Depois de identificadas as rochas, o Museu Arqueológico deu a conhecer as imagens a especialistas, designadamente a Primitiva Bueno e Rodrigo de Balbín, catedráticos de pré-história na Universidade de Alcalá (Madrid, Espanha), que, numa primeira abordagem, confirmaram a importância do achado por abrir a porta a "uma sequência completa do Paleolítico Superior" naquela região.

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