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Rui Moreira desvaloriza novo nome do Pavilhão Rosa Mota: “Estava degradado e envergonhava a cidade”

28 out, 2019 - 17:00 • Redação *

Presidente da Câmara Municipal Porto ignora polémica que envolve o nome do espaço, agora rebatizado Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, e prefere elogiar projeto de requalificação.

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Rui Moreira desvaloriza a polémica da mudança de nome do novo Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota e diz que "o que é bom é exatamente isto, que o Porto continue a discutir".

Num evento marcado pela ausência de Rosa Mota, que já mostrou desagrado com a nova designação do espaço e do Presidente da República, o Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota abriu pela primeira vez as suas portas, mostrando os resultados de um investimento de mais de 8 milhões de euros.

O presidente da Câmara do Porto elogiou a Parceria Público-Privada, dizendo que "este é exatamente o tipo de projeto em que, se fizermos as coisas bem feitas, o público e o privado podem casar para benefício de todos."

"Era um pavilhão totalmente degradado, uma coisa que fazia vergonha à cidade, que nos envergonhava a todos como portuenses, que não tinha condições de segurança, de uso, nem de salubridade."

Foi assim que Rui Moreira justificou a necessidade da reabilitação do Pavilhão Rosa Mota que, agora, carrega consigo o prefixo "Super Bock Arena".

O projeto, que começou com um concurso público internacional, pretende tornar-se na "principal sala de visitas de um Porto moderno", como referiu Jorge Silva, administrador do consórcio Círculo de Cristal, constituído pela Lucios e pela PEV Entertainment.

O administrador disse ainda que "não é sinal de inteligência assistir à valorização do património cultural sem nada fazer pela sua recuperação, portanto é preciso renová-lo e pô-lo ao serviço de todos."

Com os Jardins do Palácio de Cristal como moldura, o projeto do Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, foi pensado de forma a salvaguardar práticas sustentáveis.

Para isso, foram implementadas medidas que querem garantir uma maior eficácia energética, tais como a refrigeração natural das máquinas de controlo de temperatura, recorrendo à utilização de água do lago dos jardins do Palácio de Cristal e a adoção de sistemas de iluminação eficiente.

Apto a receber até oito mil pessoas em eventos culturais, desportivos e empresariais, o edifício reabilitado quer atuar também como pólo de dinamização cultural e conta com um Centro de Congressos.

A acústica também foi várias vezes referida durante o evento e não foi esquecida aquando das obras, tendo sido melhorada, de forma a assegurar uma maior qualidade dos espetáculos.

O primeiro acontece já na próxima quinta-feira: um concerto dos Ornatos Violeta para marcar a inauguração do espaço ao público.


* com Gonçalo Filipe Lopes (fotos)

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  • pensar um pouco
    30 out, 2019 12:31
    Se a marca financiou a renovação de um espaço degradado salvando uns quantos milhões ao Estado, onde é que está o mal disso? Só bebe super bock quem quer, assim como só fuma quem quer, ou alguém em plenas faculdades mentais consome um produto que não quer só porque dá nome a um pavilhão? Nesse caso, ninguém atravessava a ponte Salazar, antes do 25 de abril, por causa do nome
  • J M
    29 out, 2019 Seixal 16:26
    Espero que o presidente da autarquia do Porto, Rui Moreira, não aceite um dia receber uma proposta da Tabaqueira portuguesa para subsidiar o restauro de mais um imóvel para eventos culturais ou desportivos, senão, há o risco de vir a chamar-se teatro ou pavilhão SG gigante, Marlboro ou outra marca qualquer de tabaco. Tudo isto desvalorizando os efeitos nefastos da nicotina, mas, com um grande agradecimento a esta multinacional, em nome da cultura do desporto e do projeto concretizado.

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