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Centenário do nascimento

“É a nossa patrona.” A escola Sophia de Mello Breyner que faz jus ao nome

06 nov, 2019 - 17:46 • Matilde Moura

A E.B. 2,3 Sophia de Mello Breyner em Arcozelo comemorou o centenário da escritora portuguesa, esta quarta-feira, com histórias contadas ao vivo e leitura de poemas.

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Os 100 anos do nascimento de uma das maiores poetas e autoras de Portugal foram, esta quarta-feira, assinalados na escola E.B. 2,3 Sophia de Mello Breyner, em Vila Nova de Gaia. Uma plateia repleta de alunos, funcionários e professores reuniu-se para assistir às histórias da "Fada Oriana" e da "Menina do Mar" contadas ao vivo.

Promovidas pela Porto Editora, as atividades foram muito além da homenagem prestada a Sophia. Como explica o porta-voz da empresa, Paulo Gonçalves, à Renascença, este dia em que se comemoram os 100 anos de Sophia serviu também para refletir sobre a presença da escritora junto dos leitores.

“É uma autora absolutamente única que continua a fascinar os mais novos. Se nós continuarmos a investir na obra de Sophia, haverá sempre leitores para ler os seus livros.”

Abrangida pelas localidades de São Félix, Granja e Arcozelo, a escola adquiriu o nome de Sophia de Mello Breyner Andresen há mais de 20 anos. Na altura foi pedida uma autorização à autora, à qual Sophia respondeu com satisfação e simpatia.

“Respondeu-nos numa carta a dizer que estava muito orgulhosa e feliz por a escola adotar o nome dela”, conta a diretora à Renascença.

Uma das obras mais emblemáticas de Sophia, "A Menina do Mar", foi inspirada na zona de Granja. Para Lúzia Veludo, os valores de cidadania transmitidos pela autora são extraídos das obras para a realidade escolar. “Saber que esta pessoa tão conhecida andou por aqui é algo que os alunos valorizam”, esclarece.

A sensibilidade da poetisa e a sua capacidade de abordar temas como a condição humana e a proteção do ambiente traduzem-se em obras intemporais com mensagens transmitidas de geração em geração.

Para a animadora Rita Sineiro, a facilidade com que os alunos traduzem o fictício para situações diárias é o sinal que mais reforça a importância da literatura de Sophia.

“Quando eu pergunto aos alunos o que é que as fadas más fazem, os exemplos dados são todos sobre os maus tratos à natureza”, explica.

Todos os alunos têm consciência da marca que a autora deixou e mostram-se orgulhos por integrarem uma escola com o nome Sophia. Rodrigo Oliveira, estudante do 8.º ano, lamenta não a ter conhecido.

“É nossa amiga, é nossa patrona e merece esta homenagem. Tenho muitos livros dela e bastou ler um para querer ler mais.”

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