Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

​Livros, bens de primeira necessidade? Sim, livrarias podem vender ao postigo, diz ministra da Cultura

23 mar, 2020 - 17:08 • Maria João Costa com Lusa

Ministério da Cultura cria linha de apoio de emergência de um milhão de euros para ajudar artistas. Graça Fonseca diz que as livrarias podem estar abertas ao público com restrições.

A+ / A-

Veja também:


Agora que está de quarentena, quantas vezes já pensou: “finalmente vou ter tempo para ler aquele livro que queria”? Pois é, vai poder ler e comprar o livro. Se não recorrer às livrarias de comércio eletrónico, saiba que algumas livrarias poderão estar abertas, mesmo durante o estado de emergência.

A ministra da Cultura garantiu, esta segunda-feira, que “nada proíbe que uma livraria possa vender à porta, no postigo”. Em declarações à agência Lusa, Graça Fonseca sublinha assim que os livros são também um bem de primeira necessidade.

A imposição do estado de emergência, para conter a pandemia da doença Covid-19, pressupõe medidas que condicionam a circulação pelo país e tem levado a que diversos setores da economia, incluindo as editoras de livros a pararem a atividade. Há mesmo algumas cadeias de livrarias que anunciaram o encerramento ao público, é o caso da FNAC e da Bertrand.

Numa altura em que foi anunciado o adiamento da Feira do Livro de Lisboa para o final de agosto, também alguns editores como a Porto Editora ou a Alfaguara suspenderam a produção de novos livros. Contudo, continua a ser possível comprar livros através de livrarias digitais como a Wook.

Apoio de um milhão de euros para artistas

Através do site que o Ministério da Cultura criou para responder às dúvidas do setor cultural sobre o impacto da crise do coronavírus - https://www.culturacovid19.gov.pt/ - o gabinete chefiado por Graça Fonseca anuncia a criação de uma linha de apoio de emergência, no valor de um milhão de euros, para ajudar artistas e entidades em situação de maior vulnerabilidade e sem qualquer apoio financeiro.

Questionada pela agência Lusa sobre se o setor livreiro poderá beneficiar desse apoio, a ministra esclareceu que “muitas das medidas que o Governo já aprovou aplicam-se transversalmente a empresas e a cooperativas” e acrescentou: “É muito importante que o setor do livro analise para ver a aplicabilidade das medidas”.

A linha de apoio agora anunciada será financiada através do Fundo de Fomento Cultural e visa “apoiar a criação artística nas artes performativas, artes visuais e cruzamento disciplinar de todas as entidades que não recebem qualquer apoio financeiro” esclarece o comunicado do ministério da Cultura.

Graça Fonseca explica: “O objetivo é podermos, até ao final de 2020, vir a concretizar os projetos que venham agora a ser apoiados nesta linha”. O apoio financeiro vai entrar em funcionamento “depois de serem definidos procedimentos com representantes do setor”. Abrangidos por esta linha de emergência, indica a ministra, poderão ser “estruturas artísticas consideradas elegíveis e que ficaram de fora dos últimos concursos de apoio financeiro da Direção-Geral das Artes (DGArtes)”.

No dia em que o presidente da República deu luz verde ao Orçamento do Estado, a governante da cultura refere que a verba total de 3 milhões de euros prevista para os concursos da DGArtes está inscrita no Orçamento.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+