18 mai, 2020 - 17:22 • Dina Soares, com Lusa
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Cerca de 13% dos museus a nível mundial poderão não voltar a abrir portas depois do encerramento provocado pela pandemia. A conclusão consta dos estudos promovidos pela UNESCO e pelo Conselho Internacional dos Museus (ICOM) e foi divulgada esta segunda-feira, Dia Internacional dos Museus.
As duas instituições realizaram estudos para avaliar o impacto da covid-19 nos museus e concluíram que “quase 90% do total, mais de 85 mil instituições, fecharam as suas portas durante períodos variáveis ao longo da crise. Adicionalmente, em África e nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, apenas 5% dos museus puderam oferecer conteúdos ‘online’ aos seus públicos. Quase 13% dos museus a nível mundial pode nunca reabrir”, lê-se no comunicado conjunto das duas organizações.
O estudo feito pela UNESCO destaca o papel dos museus na resiliência das sociedades, sublinhando a importância de os ajudar a lidar com esta crise e a manter o contacto com as suas audiências.
Apurou também que o número de museus a nível global aumentou em 60%, desde 2012, para um total de 95 mil, “o que demonstra o lugar importante que o setor assumiu nas políticas culturais nacionais ao longo da última década”.
O estudo conduzido pelo ICOM sublinha “o facto de que os museus que foram privados dos seus visitantes vão enfrentar uma redução das suas receitas”, com um impacto consequente nas profissões que gravitam à sua volta.
Desde 1977 que o ICOM organiza o Dia Internacional dos Museus, com o objetivo de promover o intercâmbio e enriquecimento cultural, o desenvolvimento da compreensão mútua, da promoção da cooperação e da paz entre os povos.