06 jul, 2020 - 07:56 • Redação
O célebre maestro e compositor italiano Ennio Morricone morreu, na noite de domingo, aos 91 anos numa clínica em Roma. Estava hospitalizado após uma fratura de fémur na sequência de uma queda, segundo os meios de comunicação italianos.
Morricone “morreu ao amanhecer de 6 de julho no conforto da fé”, indica o comunicado do advogado e amigo da família, Giorgio Assuma, citado pelos vários jornais italianos de manhã.
“Esteve totalmente lúcido e manteve uma grande dignidade até ao último momento”, acrescenta o mesmo texto.
“Adeus maestro e obrigado pelas emoções que nos ofereceste”, disse Roberto Speranza, ministro da Saúde do governo de Roma, através de uma mensagem difundida pela rede social Twitter.
Nasceu em 1928 e deixa um legado enorme: compôs 500 bandas sonoras para cinema e televisão, para além de 100 peças clássicas.
Morricone trabalhou em filmes de vários géneros – de horror à comédia – e algumas das suas melodias são mais famosas do que os filmes para as quais foram escritas.
Responsável por bandas sonoras imortais como "Aconteceu no Oeste", "O Bom, o Mau e o Vilão", "A Missão" ou "Cinema Paraíso", o italiano atuou em Portugal pela última vez em maio do ano passado.
Em 2007, Morricone recebeu pelas mãos de Clint Eastwood um Óscar Honorário “pelas suas magníficas e multifacetadas contribuições musicais ao cinema”. Já m 2016 ganhou o Globo de Ouro e o Óscar, pela banda sonora de “Os oito odiados”, do realizador Quentin Tarantino.