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​Escritora Lídia Jorge e poeta Andreia C. Faria distinguidas pela Fundação Inês de Castro

16 jul, 2020 - 17:23 • Maria João Costa

O livro de poesia “Alegria para o Fim do Mundo”, de Andreia C. Faria, venceu o Prémio Literário Fundação Inês de Castro e a escritora Lídia Jorge recebeu o Tributo de Consagração.

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A Fundação Inês de Castro distinguiu esta quinta-feira a escritora Lídia Jorge com um Tributo de Consagração, e a poeta Andreia C. Faria com o Prémio Literário Fundação Inês de Castro pelo livro “Alegria para o Fim do Mundo”, editado em 2019 e que servirá de mote para a edição da Feira do Livro do Porto deste ano. Os prémios vão ser entregues em setembro.

Segundo o júri, constituído pelo académico José Carlos Seabra Pereira, coordenador científico do Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos, pelo escritor Mário Cláudio, pela ex-ministra da Cultura Isabel Pires de Lima, e pelos poetas Pedro Mexia e António Carlos Cortez a escolha da autora Lídia Jorge e do livro de Andreia C. Faria foi unânime.

“Alegria para o Fim do Mundo” integra a coleção de poesia 'Elogia da Sombra', dirigida pelo escritor Valter Hugo Mãe, para a Porto Editora, e reúne inéditos dos poemas publicados pela poetisa até 2019, com uma revisão da autora.

Andreia C. Faria recebeu, em 2018, o Prémio Autores para o Melhor Livro de Poesia, da Sociedade Portuguesa de Autores, pelo título 'Tão Bela Como Qualquer Rapaz'. Já este ano a poetisa, nascida no Porto, em 1984, lançou um novo livro, mas de prosa, intitulado “Clavicórdio”.

Em comunicado, a Porto Editora cita as palavras de Valter Hugo Mãe sobre a poetisa: "O trabalho de Andreia C. Faria está entre os mais urgentes, magníficos, da poesia contemporânea. A sua profundidade, uma contenção que não a impede da frontalidade, o enunciado terrivelmente irónico, o rasgo inesperado de cada verso, fazem do seu texto uma novidade por classificar, demarcando-a inclusive do coletivo de mulheres poetas que hoje escrevem também em força e bastante esplendor".

O Prémio Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro/2019 foi atribuído à carreira literária de Lídia Jorge, autora nascida há 74 anos em Boliqueime, no Algarve, e já distinguida com outras distinções, como o Grande Prémio de Literatura dst (2019), o Prémio Vergílio Ferreira (2015), o Prémio Luso-Espanhol de Cultura (2014), o Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass (2006), o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio Correntes d'Escritas (2002), o Prémio Jean Monet de Literatura Europeia (2000) e o Prémio D. Diniz da Casa de Mateus (1998).

No comunicado a Fundação de Coimbra refere que as obras da autora de “A Noite das Mulheres Cantoras”, “abordam com frequência a condição feminina e a sua solidão". O mais recente livro de Lídia Jorge, lançado no contexto de pandemia, “Em todos os Sentidos”, reúne um conjunto de crónicas radiofónicas.

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