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Lena d’Água: “Tivemos de baixar os nossos 'cachets' para não deixar ninguém de fora”

12 nov, 2020 - 06:33 • Maria João Costa

A cantora regressa ao palco dia 18, às 20h00, no Teatro Maria Matos, em Lisboa. Lena d’Água diz que tem feito “poucos concertos” e “com poucas pessoas”, mas reconhece que “têm sido maravilhosos”, porque diz: “Sentimo-nos ‘resistência”.

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Lena d’Água admite que, quando há uns meses, viu que o seu concerto estava marcado para meio da semana, numa quarta-feira, ficou renitente. Agora, no contexto de estado de emergência por causa da pandemia de Covid-19, até acabou por calhar bem, diz a cantora, que sobe ao palco do Teatro Maria Matos, em Lisboa no dia 18, às 20h00.

Este é o segundo concerto do ciclo organizado pelos Produtores Associados, e para Lena D’Água que está a assinalar 45 anos de carreira tem um sabor especial. Ao programa Ensaio Geral da Renascença, a artista é categórica ao afirmar que “vai ser importantíssimo”.

Lena d’Água, que lançou em 2019 um novo disco, explica: “Temos feitos alguns concertos, poucos, com poucas pessoas, mas que têm sido maravilhosos. Sentimo-nos ‘resistência’, tanto nós em cima do palco, como aqueles que se atrevem a ir aos nossos concertos. Precisamos deles, como eles precisam de nós”, conclui a artista.

No concerto, Lena d’Água irá interpretar canções do disco ‘Desalmadamente’, mas também recordar clássicos do seu reportório como “Sempre que o amor me quiser” ou “Demagogia”. A cantora está em particular satisfeita por atuar no palco de um teatro.

“Eu adoro teatros. Há muitos anos que sonhava em fazer só concertos em teatros. Houve muitos anos em que fomos obrigados, enfim, era o que havia, a fazer concertos em pavilhões. Era a coisa mais horrível que se pode imaginar!”


Satisfeita também por regressar à sua “terra”, Lisboa, Lena D’Água conta como tem vivido estes meses de pandemia. A viver há mais de uma década numa aldeia na região Oeste, a artista explica que talvez já tivesse mais preparada para o isolamento do que outras pessoas. Contudo, reconhece que sente falta da sua família com quem apenas comunica através de telefone e das novas tecnologias.

“Tem sido uma coisa complicada este tempo que atravessamos”, diz Lena d’Agua que espera, contudo que este seu regresso às luzes do palco possa vir “a tempo de poder fazer parte desta resistência”. Sente que está a dar a sua “ajuda, naquilo que uma pessoa sozinha pode, que é tentar inspirar nas pessoas uma esperança, uma vida, um dia de cada vez.”

No Maria Matos, Lena d’Água vai partilhar o palco com a sua banda, composta por João Correia, António Vasconcelos Dias, Sérgio Nascimento, Mariana Ricardo, Francisca Cortesão e Benjamim. É a sua família musical, que tem mantido ativa mesmo com as restrições.

“Nós mantivemos a nossa equipa. Entre músicos e técnicos somos 14 pessoas”, explica a cantora. “Baixamos os nossos cachets. Todos tivemos de baixar, para não deixar ninguém de fora”, explica Lena d’Agua que sabe que há “alguns artistas se vêm obrigados a reduzir a quantidade de músicos e de técnicos”.

A cantora do novo êxito “A Grande Festa” diz esperar não ter de mexer na equipa, porque diz, “o concerto assim como está é absolutamente magnifico. O som é fantástico, a luz é linda de morrer”. Lena d’Agua termina esta conversa á distância a dizer: “Contem comigo, contem com a Lena d’Agua para atravessarmos este período e nos irmos adaptando às novas condições”.

Os bilhetes para o espetáculo já estão à venda. O concerto de Lena d’Agua será na quarta-feira, às 20h00 no Teatro Maria Matos, em Lisboa.

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  • Ivo Pestana
    12 nov, 2020 Funchal 10:12
    Uma boa mulher, grande cantora e linda. Sempre gostei da sua voz. Força!

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