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“Nadir Afonso, entre o local e o global” celebra centenário do artista

04 dez, 2020 - 10:11 • Olímpia Mairos

A exposição vai estar patente ao público no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, até dezembro do próximo ano.

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O Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso (MCNA), em Chaves, acolhe, a partir desta sexta-feira, a exposição “Nadir Afonso, entre o local e o global” na comemoração do Centenário de Nascimento do artista e mestre Flaviense.

Com curadoria de Maria do Mar Fazenda, a exposição tem como guião um artigo que Nadir escreveu, em 2007, para o Jornal de Letras, Artes e Ideias, “Local e universal”, cujo título inspirou o programa comemorativo.

O texto, escrito na primeira pessoa, segue “um olhar retrospetivo, que parte do presente, mas também presente um futuro”, explica o MCNA.

Partindo do traçado de uma panorâmica sobre a vida e obra de Nadir Afonso, é apresentado um percurso por obras representativas dos seus vários períodos e de produção em várias frentes: a Arte, a Arquitetura e a Teoria.

Segundo a nota enviada à Renascença, “este primeiro momento expositivo contempla duas linhas temporais, propondo um olhar retrospetivo sobre a arte de Nadir, com a apresentação de uma cronologia da vida e obra do Mestre e uma seleção de obras pertencentes ao património artístico municipal e ao espólio em depósito no MACNA, por protocolo com a Fundação Nadir Afonso”.

A exposição “Nadir Afonso, entre o local e o global” estará patente ao público até dia 6 de dezembro de 2021, de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00.

Ao longo de um ano, a obra de Nadir Afonso será ponto de partida de exposições, conferências, ateliers, visitas orientadas e outros encontros. Voltar a trazer o mundo a Chaves, pela mão de Nadir é o objetivo.

Filho do poeta Artur Maria Afonso, de Montalegre, e de Palmira Rodrigues, de Boticas, Nadir Afonso Rodrigues nasceu em Chaves a 4 de dezembro, de 1920.

Nadir Afonso licenciou-se em arquitetura, trabalhou com Le Corbusier e Oscar Niemeyer. Estudou pintura em Paris e foi um dos pioneiros da arte cinética, trabalhando ao lado de Victor Vasarely, Fernand Léger, August Herbin e André Bloc. É autor de uma teoria estética, tendo publicado em vários livros onde defende que “a arte é puramente objetiva e regida por leis de natureza matemática, que tratam a arte não como um ato de imaginação, mas de observação, perceção e manipulação da forma”.

Alcançou reconhecimento internacional e está representado em vários museus. As suas obras mais famosas são a série “Cidades”, composta por obras que sugerem lugares em todo o mundo.

Faleceu aos 93 anos, a 11 de dezembro de 2013.

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