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Turismo

Madeira com taxas de ocupação hoteleira entre 40 e 50% no Natal e fim de ano

17 dez, 2020 - 00:38 • Lusa

Crescimento evidencia que “todos os dias o mercado está a reagir e a manifestar-se à oferta turística” disponibilizada, sublinha o secretário regional do Turismo.

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A taxa de ocupação hoteleira prevista na Madeira no Natal é na ordem dos 40% e atinge os 50% no fim do ano, anunciou esta quarta-feira o secretário regional do Turismo.

Eduardo de Jesus falava na Assembleia Legislativa no decorrer da apreciação, na especialidade, do Orçamento e Plano do Governo Regional, de coligação PSD/CDS, para 2021, no âmbito da Comissão Especializada de Economia, Finanças e Turismo.

O governante apontou que na pesquisa efetuada em 4 de dezembro, estas taxas situavam-se nos 26% e 36%, respetivamente, pelo que o crescimento evidencia que “todos os dias o mercado está a reagir e a manifestar-se à oferta turística” disponibilizada.

“Em agosto de 2020, em pleno período pandémico, a procura do mercado nacional pelo destino Madeira foi maior em comparação com os números de agosto do ano passado”, sublinhou, sem quantificar.

Eduardo Jesus complementou que “grande parte desta procura por parte do mercado nacional foi materializada na ilha do Porto Santo”.

Sobre o Orçamento da Madeira para 2021, destacou que pretende “responder aos novos desafios” colocados ao setor do turismo pela pandemia, sendo o “maior de sempre” no que diz respeito à verba destinada à promoção deste destino, que representa um investimento de 15,5 milhões de euros.

O governante salientou que este departamento do executivo madeirense tem no Orçamento Regional um montante de 46,7 milhões de euros, o que representa um aumento na ordem dos 14% (5,6 ME) em comparação com o deste ano.

O secretário destacou que “muito trabalho tem vindo a ser concretizado” junto de várias entidades, o que tem “resultado em muitas concretizações desde a retoma do turismo em julho último”.

“Devido à situação que vivemos, temos mantido também um diálogo permanente com o Governo da República, com os governos e embaixadores de vários países e diversas instituições, no sentido de relevar a nossa realidade pandémica para que possamos ser tratados de forma justa e diferenciada”, vincou.

Segundo Eduardo Jesus, “a operação de rastreio no Aeroporto da Madeira tem sido uma grande bandeira para a região”, destacando que a Madeira até foi eleita, em outubro, como “um destino de Natal seguro” pela Associação Europeia dos Melhores Destinos.

No entender do secretário regional, “estão reunidas todas as condições para a Madeira sair em força deste momento” de dificuldades em que se encontra, “colocando em prática não só as campanhas e as ações previstas como também reforçando fortemente a sua presença nos mercados emissores”.

Sobre a área da Cultura, que também tutela, indicou que vai contar com um reforço de verbas de 14,2%.

Refutando as acusações da deputada do PS Elisa Seixas sobre a falta de apoio aos artistas, o governante revelou que, no próximo ano, estão já previstas “278 iniciativas” culturais, entre as quais 44 exposições e o mesmo número de concertos”, entre outras atividades.

Por seu turno, parlamentar socialista Sérgio Gonçalves pôs em causa a promoção e o processo de certificação do destino Madeira como destino seguro.

Na resposta, o secretário regional revelou que a quebra dos movimentos aéreos no aeroporto da Madeira é de 65% contra os 88% de média de retração que a IATA aponta para o movimento mundial, recordando que para dezembro o aeroporto da Madeira tem 72 mil lugares reservados.

“Se há governo que tem investido na reabilitação [do património imóvel) é este", afirmou, rejeitando as críticas do deputado do JPP Élvio Sousa de que o executivo não tem dado atenção à recuperação do património religioso.

Quanto à redução das taxas aeroportuárias, defendida pelos deputados Brício Araújo, do PSD, e Ricardo Lume, do PCP, Eduardo Jesus sublinhou que essa medida tem vindo a ser reivindicada, mas que está dependente do Governo da República.

A Assembleia Legislativa da Madeira iniciou hoje o debate, na especialidade, das propostas de Orçamento Regional para 2021, de 2.033 milhões de euros, e do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Região (PIDDAR), de 800 milhões de euros, estando a votação final global agendada para sexta-feira.

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