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Morte de António Cordeiro. Ministra da Cultura destaca “coragem” de um “intérprete talentoso”

31 jan, 2021 - 09:49 • Lusa

O ator António Cordeiro morreu sábado, em Lisboa, aos 61 anos. O funeral realiza-se a 8 de fevereiro.

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A ministra da Cultura destacou este domingo a “coragem” de António Cordeiro, falecido no sábado, característica que o levou a enfrentar a doença que, nos últimos anos, o incapacitou, considerando-o um “intérprete talentoso”.

Numa nota de pesar, Graça Fonseca recorda o percurso do ator, natural de Serpa, e as suas “muitas facetas”.

“Nos palcos e nos ecrãs construiu um legado de emoções, de sorrisos e de imaginação transformada em material autêntico, algo pelo qual sempre lhe seremos gratos”, refere a ministra.

O funeral realiza-se a 8 de fevereiro. O corpo do ator estará na Capela de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, a partir das 11h15.

O funeral sairá da capela para o complexo funerário da Quinta do Conde, em Sesimbra, onde o corpo do ator será cremado às 15h45, acrescentou a mesma fonte.

Devido à pandemia de Covid-19, a última homenagem ao ator está reservada a familiares e amigos, num máximo de dez pessoas.

Como Detetive Claxon, na série homónima (1991) que também escreveu para a RTP, como Helmut von Block, arquinimigo do Major Alvega (1998-1999), como D. José, n’O Processo dos Távoras (2001) ou, mais recentemente, pelas suas interpretações em Depois do Adeus (2013) ou em Espelho d’Água (2017-2018) “recordaremos sempre um ator com muitas facetas”, lembra ainda Graça Fonseca.

“No momento difícil que vivemos, a perda daqueles que foram marcando a nossa cultura deve ser sempre vista com os olhos no talento e no exemplo que nos deixam. A coragem e a frontalidade com que António Cordeiro enfrentou a doença que, nos últimos anos, o incapacitou são exemplo das características que, ao longo da sua carreira, sempre mostrou, fosse na televisão ou no teatro”, destaca ainda a governante.

Lamentando “profundamente a morte do ator e autor”, a ministra sublinha que António Cordeiro foi, “ao longo das últimas décadas, uma presença frequente e acarinhada, tanto pelo público português, como pelos seus colegas de profissão e por todos aqueles que com ele trabalharam e que nele reconheciam talento, mas, também, dedicação à profissão e uma simpatia inigualável”.

O ator António Cordeiro morreu sábado, em Lisboa, aos 61 anos, informou a Academia Portuguesa de Cinema.

Revelado num papel secundário na série "Duarte & C.ª", em 1987, foi como protagonista da série policial "Claxon", da RTP, estreada em 1991, que se tornou conhecido do grande público.

António Cordeiro trabalhou também no teatro e no cinema, nomeadamente nos filmes de João Mário Grilo, "O Processo do Rei" (1990), e "Os Olhos da Ásia" (1996).

Mais recentemente fez "Índice Médio de Felicidade"(2017), de Joaquim Leitão, e "Um Gato, Um Chinês e o Meu Pai" (2019), de Paco R. Baños.

A telenovela "Espelho d'Água", da SIC (2017/18), está entre os seus últimos trabalhos.

António Cordeiro padecia de paralisia supranuclear progressiva, uma doença rara, degenerativa, e encontrava-se afastado da atividade.

(Notícia atualizada às 11h45 de segunda-feira com a data e hora do funeral)

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