23 fev, 2021 - 09:59 • Maria João Costa
Durante cinco anos, Aida Maria Oliveira Carvalho foi guia-interprete no Vale do Côa. Agora, a docente de 47 anos vai substituir Bruno Navarro na presidência da Fundação Côa Parque, depois da morte subida do anterior dirigente aos 44 anos.
Em comunicado, esta terça-feira o gabinete da ministra da cultura, Graça Fonseca indica que Aida Carvalho “tem sido, ao longo dos anos, testemunha privilegiada da história e cultura” da região, “à qual tem dedicado grande parte da sua vida profissional”.
Doutorada em Ciência da Cultura, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Aida Carvalho é mestre em História das Populações, pela Universidade do Minho. A nova presidente da Fundação que gere o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa tem uma pós-graduação em Turismo e Património Religioso, pela Universidade Católica de Lisboa e uma pós-graduação em Gestão Cultural, pelo Instituto Politécnico do Porto.
Licenciada em Estudos Europeus, pela Universidade Lusófona do Porto, Aida Carvalho agora nomeada por Graça Fonseca é, “desde setembro de 2001, docente no Instituto Politécnico de Bragança e coordenadora do Departamento de Artes e Humanidades”, refere o comunicado do Ministério da Cultura. A nova presidente é também “membro da Comissão Científica do mestrado de Marketing Turístico”, “investigadora no Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo”.
Ao longo dos anos, Aida Carvalho tem vindo a publicar vários artigos em revistas científicas especializadas na área do património e do turismo cultural. No currículo apresentado no comunicado é indicado ainda que “entre 1996 e 2001, Aida Maria Oliveira Carvalho foi guia-intérprete no Vale do Côa”.
Nas palavras da ministra Graça Fonseca, este desempenho de Aida Carvalho leva-a a afirmar que “acredita-se, por isso, que saberá dignificar o trabalho de quem tão brilhantemente a antecedeu, sendo agora incumbida do importante papel de contribuir para a conservação e divulgação deste valioso lugar de História e Património, de reconhecida importância mundial”.
A Fundação Côa Parque foi criada em 2011 para a salvaguarda e valorização do parque de arte rupestre do Vale do Côa. As gravuras foram classificadas em 1998 como Património Mundial pela UNESCO. Em 2010, a classificação UNESCO foi também alargada à vizinha arte rupestre paleolítica de Siega Verde, em Ciudad Rodrigo, em Espanha, como extensão do Côa.