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Cientistas de Coimbra descobrem novo mecanismo da infeção pela bactéria Salmonella

09 jun, 2021 - 11:32 • Lusa

Descoberta pode ajudar a desenvolver novas abordagens terapêuticas para travar infeções causadas por esta bactéria.

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Um estudo internacional liderado por investigadores da Universidade de Coimbra (UC) revelou um novo mecanismo de infeção específico da Salmonella, que pode ser importante para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas para travar infeções causadas por esta bactéria.

"Trata-se de um novo mecanismo que aumenta o nosso conhecimento sobre as interações complexas estabelecidas entre as nossas células e os microrganismos, neste caso a bactéria Salmonella", refere Ana Eulálio, líder do estudo e investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra e docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

Em comunicado, a UC salienta que estes dados, obtidos através de estudos em células e em modelos animais, podem vir a desempenhar "um papel crucial no impedimento da progressão da infeção por esta bactéria".

Miguel Mano, investigador do CNC e docente da FCTUC, e também autor do estudo, esclarece que "o conhecimento dos mecanismos moleculares explorados pela Salmonella pode possibilitar o desenvolvimento de estratégias terapêuticas capazes de bloquear a disseminação da infeção".

"Geralmente, as células do corpo humano quando são infetadas por vírus ou bactérias comunicam com as células vizinhas saudáveis para orquestrar uma resposta contra a infeção", o que não acontece com as células infetadas por Salmonella, que libertam proteínas que facilitam a infeção das células vizinhas.

Por esta razão, refere o estudo, "foi necessário avaliar e identificar "moléculas-chave" envolvidas no processo de infeção e disseminação, para melhor compreender onde atuar para impedir a infeção".

A infeção provocada por aquela bactéria ocorre após a ingestão de alimentos contaminados e afeta principalmente o trato digestivo, provocando enjoos, cólicas, diarreia, febre e vómitos.

A investigação liderada por cientistas da UC contou com a colaboração das Universidades de Würzburg (Alemanha) e de Córdoba (Espanha) e dos Institutos de Ciências Matemáticas e de Homi Bhabha (Índia).

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