Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Gabriel tem 22 anos e escreveu livro sobre os 47 anos de democracia

13 jun, 2021 - 10:56 • Filomena Barros

Finalista de Direito da Universidade Católica Portuguesa acaba de lançar a sua primeira obra “Ao leme de Portugal – governos e governantes de 1974 a 2019”. Considera que é um contributo para a literacia política e que interessa a todos os portugueses.

A+ / A-

Gabriel Mateus de Albuquerque, aluno finalista de Direito da Universidade Católica Portuguesa, nascido no pós-25 de abril, decidiu olhar para a história política dos 47 anos da democracia. E concretizou a investigação num livro que “apresenta as biografias de todos os nossos Presidentes da República e Primeiros-Ministros, desde 1974 até 2019, bem como a descrição de todos os governos, quer os constitucionais, os provisórios e os de iniciativa presidencial”.

À Renascença, sublinha que “o grande objetivo que norteou esta obra foi, de facto, promover a literacia política, divulgar a nossa história política recente, ainda em construção, e tornar acessível a vida daqueles que são os maiores protagonistas e obreiros do Portugal moderno”.

Além da investigação “demorada de vários anos, com o máximo de fontes possíveis”, junta a cada biografia “uma nota subjetiva de figuras proeminentes da nossa sociedade que se disponibilizaram a colaborar e que escrevem com autoridade, e oferecem ao leitor uma vertente muitas vezes inédita e um conhecimento de causa que, de outra forma, seria impossível ser transmitido.”.

Esses depoimentos são, entre outros, de Carlos César, Edite Estrela, Mota Amaral, Jorge Miranda, José Miguel Júdice, José Ribeiro e Castro, Manuela Arcanjo, Manuela Ferreira Leite, Nuno Morais Sarmento, Paulo Mota Pinto, Paulo Otero, Rui Rio e Teresa Patrício Gouveia.

O autor explica que estas personalidades falam da “relação de proximidade muito grande com os biografados”, partilhando “episódios de interação da relação privada que têm entre eles, no âmbito da sua atividade política”.

Instado a apontar um exemplo, o jovem escritor refere “o Congresso da Figueira, que é um momento marcante da vida do PSD e que acabou por ter uma influência direta na vida do país com a subida ao poder do Prof. Aníbal Cavaco Silva” e acrescenta “estou a lembrar-me, nomeadamente, do Dr. Nuno Morais Sarmento quando fala do Dr. José Manuel Durão Barroso e descreve um pouco do que foram as negociações durante esse processo, a convivência direta que teve com toda a gestão da feitura das listas”.

Outro exemplo que vem no livro: “lembro-me também do prof. Jorge Miranda que retrata a sua relação de profunda amizade com o General Ramalho Eanes”.

O autor acredita que esta é “uma obra para qualquer tipo de leitor, quer tenha presenciado todos estes eventos e vivenciado estes factos históricos, quer as pessoas que não tiveram conhecimento, como eu, que nasceram depois do 25 abril, que não viveram os acontecimentos ali descritos”. E vai mais longe: o livro é também “um apelo à reflexão sobre aquilo que conseguimos construir nos últimos anos e aquilo que podemos construir nos próximos. Isso está especialmente vincado no prefácio, essa análise dos desafios que a história encerra e que nos apelam a refletir sobre o futuro que queremos para o nosso Portugal.”

Nesta linha, aponta um denominador comum, “desde o período conturbado da transição do Estado Novo para a democracia, todo o calor social na definição do regime politico que queríamos, também a entrada na CEE e a integração europeia, até à história recente dos anos duros das crises económico-financeiras” , em todos estes períodos destaca-se “o intrínseco estoicismo com que o povo português supera os obstáculos que a história lhe foi colocando”.

O livro de Gabriel Mateus de Albuquerque, editado pela Universidade Católica Portuguesa, estará à venda ao público, na próxima semana.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+