22 jul, 2021 - 18:31 • Maria João Costa
Não foi a varinha mágica que fez das suas, foi antes o martelo de leiloeira Sotheby’s de Nova Iorque que ditou o passe de mágica. Em apenas dois anos, a primeira edição do livro “Harry Potter and The Philosopher’s Stone”, semelhante ao adquirido em 2019 pela Livraria Lello, do Porto, valorizou quase 50 mil euros.
Em comunicado, a Livraria Lello confirma que a versão inglesa da primeira edição de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, escrito pela britânica J.K. Rowling foi arrematado pela quantia de mais de 117 mil euros, pela Sotheby’s de Nova Iorque.
O livro que deu o ponta pé de saída no fenómeno global de vendas foi lançado em 1997 pela editora Bloomsbury. “O primeiro livro da saga Harry Potter é o mais raro e também o mais procurado. Existem apenas 500 exemplares da primeira tiragem, dos quais 300 foram distribuídos por bibliotecas”, explica a Lello que tem no seu acervo um exemplar dessa edição.
“A qualidade do papel e o público a que se destina a obra (infantojuvenil), fazem com que seja ainda mais difícil encontrar um exemplar em excelente estado de conservação”, explica a centenária Livraria Lello.
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Recorde-se que em 2019, a Lello lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre as primeiras edições de diversas obras, entre elas, “Harry Potter and The Philosopher’s Stone” que comprou por 70 mil euros, e primeiro número de “A Gazeta da Restauração” que foi comprado por 3 mil euros.
Na mira das pretensões da icónica livraria do Porto estava também um exemplar da primeira edição de “Os Lusíadas”, mas acabou por não ser adquirido. O seu valor atual de venda ascende a 300 mil euros.
A Lello que considera assim os livros “objetos seguros de investimento”, lembra que a saga Harry Potter já vendeu “mais de 450 milhões de cópias em todo o mundo, em 79 línguas, continuando a cativar leitores de todas as idades”.
“Valorizar o Livro enquanto objeto de arte, de cultura, mas também de investimento tem-se assumido como uma das principais missões da Livraria Lello. Esta notícia reforça-o, incentivando-nos a seguir o sonho de continuar a valorizar e salvaguardar o património literário e editorial”, refere a administradora da Livraria Lello, Aurora Pedro Pinto em comunicado.