Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Investigador da Universidade do Minho descobre tratamento que retarda envelhecimento da coluna

03 set, 2021 - 13:38 • Lusa

Emanuel Novais explica que em causa está um tratamento com “drogas senolíticas”, que faz com que as células boas permaneçam e as “más” sejam eliminadas, acabando por atrasar a degeneração dos “discos”.

A+ / A-

Um investigador da Universidade do Minho (UMinho) descobriu um tratamento que retarda o envelhecimento dos discos da coluna vertebral, uma das principais causas do aparecimento de dor de costas, foi anunciado esta sexta-feira.

Em comunicado, o investigador e médico da UMinho Emanuel Novais explica que em causa está um tratamento com “drogas senolíticas”, que faz com que as células boas permaneçam e as “más” sejam eliminadas, acabando por atrasar a degeneração dos “discos”.

Para Emanuel Novais, as soluções e tratamentos atualmente disponíveis são “ainda escassos e nem sempre com os melhores resultados”.

“As soluções que temos disponíveis são a redução da dor com analgésicos ou, em casos mais graves, a intervenção cirúrgica. Ou seja, não há nenhum medicamento que possa impedir a evolução da doença e ser uma solução terapêutica”, refere.

O investigador, durante a sua tese de doutoramento e através de uma investigação na Universidade Thomas Jefferson (EUA), resolveu explorar diferentes formas de aliviar a degeneração do disco intervertebral.

Segundo diz, este foi o primeiro estudo a realizar um tratamento de longa duração com drogas senolíticas em ratinhos.

“Os resultados indicam que os animais tratados com estas drogas apresentam menor grau de degeneração do disco intervertebral com o envelhecimento. Além disto, tiveram melhorias significativas a nível da força muscular, inflamação no sangue e qualidade do osso. Por último, não observamos efeitos secundários que nos alertem para a falta de segurança no uso destas drogas”, afirma.

Para Emanuel Novais, a “grande chave” do projeto foram os fármacos senolíticos, mais especificamente um cocktail de duas substâncias (Dasatinibe e Quercetina), que permitiram remover e diminuir as células senescentes no disco e, desta forma, reduzir o stresse que estas células induziam localmente.

“Ou seja, ao fazer com que as células boas permaneçam e as ‘más’ sejam eliminadas, acabamos por atrasar a degeneração do disco”, acrescenta.

Emanuel Novais finalizou recentemente a sua tese de doutoramento, em que este trabalho também se enquadra, fruto do MD/PhD, um programa em que estudantes de Medicina da Universidade do Minho podem fazer uma pausa no curso e tirar um doutoramento em duas universidades norte-americanas (Thomas Jefferson e Columbia), podendo terminar o curso como médicos e doutorados.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Esmeralda Ferreira
    03 set, 2021 Alto da Eira Santa Iria de Azóia 13:07
    Ai, ai, ai, me ajudem preciso urgentemente entrar em contacto com esse investigador para ver se ele me liberta do meu sofrimento, está de parabéns pela sua descoberta, bem haja.

Destaques V+