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Velório de Rogério Samora na Basílica da Estrela a partir da tarde de sexta-feira

15 dez, 2021 - 18:50 • Lusa

O velório do ator Rogério Samora, que morreu hoje aos 63 anos, realiza-se a partir das 18:00 de sexta-feira na Basílica da Estrela, em Lisboa, informou hoje a funerária.

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Rogério Samora. "Criar um ser humano a partir de mim"
Rogério Samora. "Criar um ser humano a partir de mim"

O velório do ator Rogério Samora, que morreu esta quarta-feira aos 63 anos, realiza-se a partir das 18h00 de sexta-feira na Basílica da Estrela, em Lisboa, informou a funerária.

O corpo do ator estará em câmara ardente entre as 18h00 e as 22h00 de sexta-feira, na Basílica da Estrela, de onde o funeral partirá, pelas 12h00 de sábado, para o Crematório de Alcabideche, em Cascais, acrescenta o comunicado divulgado pela funerária.

Rogério Samora contava mais de 40 anos de carreira, tendo como mais recente projeto a telenovela "Amor, Amor", na qual contracenava com Rita Blanco e Ricardo Pereira, entre outros pares.

Nos últimos anos, participou em várias telenovelas do canal televisivo SIC, depois de participações anteriores na estação TVI.

A sua estreia em televisão, feita na RTP, remonta a 1982, à telenovela "Vila Faia", na qual contracenou com Rui de Carvalho, Glória de Matos, Mariana Rey Monteiro e Nicolau Breyner, seguindo-se, ainda na televisão pública, "A Banqueira do Povo" (1993), ao lado de Alexandra Lencastre, Eunice Muñoz, Raul Solnado, Diogo Infante e João Perry.

O percurso de Rogério Samora teve, porém, início no teatro, na antiga Casa da Comédia, e apresenta alguns dos seus mais importantes papéis nos palcos, assim como no cinema, em filmes de Fernando Lopes e de Manoel de Oliveira.

Nascido em Lisboa, em 28 de outubro de 1958, fez o curso de Teatro do Conservatório Nacional, e estreou-se no final da década de 1970, na peça "A Paixão Segundo Pier Paolo Pasolini", de René Kalisky, levada a cena na Casa da Comédia, em Lisboa, sob a direção de Filipe La Féria. O desempenho valeu-lhe o Prémio de Ator Revelação, em 1981.

Trabalhou com Carlos Avilez, diretor e fundador do Teatro Experimental de Cascais, e outros encenadores como Fernanda Lapa, Luís Miguel Cintra e Solveig Nordlund.

No cinema conta com mais de meia centena de títulos de realizadores como Manoel de Oliveira, José Álvaro Morais, João Mário Grilo, João Botelho, Manuel Mozos, Miguel Gomes, António-Pedro Vasconcelos, Maria de Medeiros, Luís Filipe Rocha, Margarida Cardoso, Rosa Coutinho Cabral, José Fonseca e Costa, Joaquim Leitão, Raoul Ruiz e Jorge Cramez.

Foi ainda dirigido por Fernando Lopes em "O Delfim", "Belarmino", "Matar Saudades", "98 Octanas" e "Os Sorrisos do Destino".

Em 2019, participou no filme "Amadeo", de Vicente Alves do Ó, com estreia prevista para o ano passado, adiada, entretanto, devido à pandemia.

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