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Spotify. Conteúdos sobre Covid-19 com alerta que remete para centro científico

31 jan, 2022 - 07:44 • Lusa

O número um do mundo em 'streaming' de música quer combater as “fake news” sobre a pandemia.

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O Spotify vai tomar medidas para combater a desinformação sobre a Covid-19 na sua plataforma, anunciou a gigante da música online sueca, após um movimento de boicote lançado pela lenda do 'folk-rock' Neil Young.

O número um do mundo em 'streaming' de música vai incluir um aviso em todos os seus conteúdos que falem sobre a Covid-19, em resposta às críticas recebidas pela emissão do programa "The Joe Rogan Experience", apontado de promover a conspiração sobre a Covid-19.

"Estamos a trabalhar para agregar um aviso de conteúdo a qualquer episódio de um 'podcast' que inclua uma discussão sobre a Covid-19", afirmou o presidente executivo da plataforma de música e de programas pré-gravados, Daniel Ek, em comunicado, no qual detalha os padrões de divulgação da empresa.

O aviso irá orientar os ouvintes para um "centro Covid-19, um recurso que fornece acesso fácil a informações atualizadas e orientadas por dados partilhados por cientistas, médicos, académicos e autoridades de saúde pública em todo o mundo, bem como 'links' para fontes confiáveis".

A polémica em torno do Spotify centra-se no programa "The Joe Rogan Experience", considerado como o 'podcast' mais popular dos Estados Unidos.

O programa, oferecido exclusivamente nesta plataforma depois de o Spotify ter assinado com Rogan, por 89,6 milhões de euros, tem sido criticado por promover teorias da conspiração sobre o coronavírus e incentivar a não vacinação.

Uma carta assinada por 270 médicos e cientistas norte-americanos advertia há algumas semanas o Spotify de que estava a permitir a difusão de mensagens que afetavam a confiança pública na investigação científica e nas recomendações sanitárias.

Críticas também do príncipe Harry e Meghan Markle

"Tem havido muita conversação sobre informação relativa à Covid-19 no Spotify. Temos escutado as críticas e estamos a implementar mudanças para ajudar a combater a desinformação", escreveu Ek no Twitter, reconhecendo que, apesar de ter regras para a produção de conteúdos, não foram "transparentes" para que pudessem ser conhecidas por todos.

Os últimos a criticar o Spotify foram o príncipe Harry de Inglaterra e a sua mulher, Meghan Markle, que expressaram a sua preocupação à empresa pela desinformação sobre a Covid-19 na plataforma, embora tenham assegurado que continuam dispostos a trabalhar com ela, explicou um porta-voz da sua fundação, Archewell.

A posição dos duques de Sussex aconteceu depois de Neil Young e Joni Mitchell terem anunciado que retiravam a sua música do Spotify como protesto pela emissão do 'podcast' de Joe Rogan.

O presidente executivo da plataforma também insistiu no compromisso do Spotify em lutar contra a desinformação assim como na educação sobre questões relacionadas com a Covid-19. "Lançamos vários recursos educativos e campanhas para criar consciencialização e desenvolvemos e promovemos um centro de informação global de Covid-19", rematou.

A pandemia provocou mais de 5,65 milhões de mortes em todo o mundo, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.


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