20 jul, 2022 - 16:55 • Redação
Entre abril e julho deste ano, a Netflix perdeu quase um milhão de subscritores. Ainda assim, a queda foi menor do que as previsões antecipavam.
A perda de assinantes anunciada esta semana é a maior na história da empresa de streaming, sendo a maioria das desistências sentida nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa.
Após anos de crescimento e de ter revolucionado a forma de consumo de entretenimento pelo mundo, a Netflix deixou de ser “única” no mercado e enfrenta agora a concorrência de empresas como a Apple TV ou a HBO, por exemplo.
A posição de grande líder manteve-se até meados de 2020, quando o mundo se viu obrigado a isolar-se nas suas casas pela pandemia. Nesta altura, a empresa norte-americana era das poucas opções de streaming disponíveis.
Agora, os hábitos pré-pandémicos estão a voltar e o custo de vida está a aumentar, o que se traduz numa drástica diminuição das novas subscrições.
Reed Hastings, fundador e CEO da Netflix, afirma que, atualmente, a empresa mantém grande parte das subscrições devido a “uma única razão”: a série "Stranger Things".
A empresa disse que espera que a contagem de assin(...)
De acordo com a própria Netflix, o impedimento de partilhar palavras-passe será o maior contributo para o crescimento da empresa, sendo que esta prática tem custado por volta de seis mil milhões de dólares, por ano.
Segundo as normas da empresa, as contas são "apenas a uso pessoal e não comercial e não podem ser partilhadas com pessoas fora da sua residência".
Em alguns países da América Latina, os consumidores já estão a ser cobrados pelos serviços partilhados, solução que deverá ser replicada no resto do mundo.
EUA
"Running Up That Hill", editada em 1985, foi redes(...)
Neste novo sistema, os planos de subscrição serão acedidos a partir de uma residência, sendo possível a adição de outras residências, mediante o pagamento de três euros por casa.
Esta problemática existe desde o surgimento da empresa, que até à data ainda não conseguiu encontrar uma solução para a mesma.
Mas a medida anunciada poderá obter resultados opostos aos pretendidos, afastando ainda mais assinantes e, consequentemente, diminuir as receitas.
No ano passado, a Netflix anunciou um aumento dos preços das suas subscrições.
Em Portugal, a subscrição padrão (que permite o visionamento em dois ecrãs, em simultâneo) tem um custo de 11.99 euros mensais, acrescentando um euro ao preço anterior. A subscrição Premium sofreu um aumento de dois euros, custando agora 15.99 euros, por mês.
A única subscrição que não sofreu qualquer aumento foi o serviço mais básico, que mantém o custo de 7.99 euros.