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Poesia ajudou escolas portuguesas a ultrapassar pandemia

21 set, 2022 - 15:36 • Rosário Silva

Residências poéticas de autores estrangeiros de língua espanhola, realizadas em quatro escolas portuguesas, e de poetas de língua portuguesa em países de língua espanhola, resultaram numa prodição audiovisual que já está disponível.

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Quatro escolas secundárias portuguesas acolheram, durante a fase mais grave da pandemia, em modo virtual, poetas de língua espanhola, num projeto de intercâmbio promovido pela Direção Geral de Bilinguismo e Difusão da Língua Portuguesa, da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI).

De Albufeira a Setúbal, passando por Évora e Macedo de Cavaleiros, o trabalho desenvolvido em quatro estabelecimentos de ensino, nestas localidades, está agora disponível, numa produção audiovisual acessível através da plataforma YouTube.

O vídeo, reúne e celebra todo o trabalho que se realizou no decorrer da primeira edição do atelier com poetas de língua espanhola e portuguesa, durante diferentes residências, virtuais, de cocriação entre estudantes de escolas de seis países.

Lançado a 5 de maio de 2019, no âmbito do Dia Mundial da Língua Portuguesa, o projeto previa que poetas da língua lusa efetuassem residências, na altura, presenciais, a escolas em países de língua espanhola e vice-versa.

A pandemia acabou por alterar os planos, levando a que as residências poéticas passassem a ser virtuais, tendo sido selecionados pelo júri, 17 projetos desde a poesia escrita, a slam poetry, canções e outras formas deste género literário.

No caso das escolas portuguesas, o peruano Gian Pierre Codarlupo Alvarado, fez a sua residência na secundária D. João II em Setúbal; Valentina Lara Suarez, de nacionalidade colombiana, no Agrupamento Escolar Gabriel Pereira, em Évora; Soledad Vignolo, argentina, trabalhou com os alunos do Agrupamento Escolar de Albufeira Poente; e, por fim, Jenny Zarit Bautista Rojas, de nacionalidade colombiana, no Agrupamento Escolar de Macedo de Cavaleiros.

O intercâmbio contou com o acompanhamento de professores, um júri especializado, a curadora, coordenadores da OEI e membros de outras instituições.

“Este projeto permitiu um contacto inusitado dos alunos com escritores para si desconhecidos e um momento de encontro e celebração coletiva em torno de temas que têm sido o foco das residências”, destaca, citada em comunicado enviado à Renascença, Ana Paula Laborinho, da Direção Geral de Bilinguismo e Difusão da Língua Portuguesa.

Através da “palavra, da diversidade cultural e linguística, da intercompreensão e a comunicação e das línguas face aos desafios da sociedade contemporânea”, ficou patente, acrescenta a responsável, “uma enorme riqueza gerada por estas interações”.

Sob o lema "Fazemos a cooperação acontecer", a Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, Ciência e Cultura (OEI), integra, atualmente, 23 Estados-membros.

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