Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Roger Waters acrescenta data extra em Lisboa

30 set, 2022 - 18:36 • Lusa

Fundador dos Pink Floyd abre em Portugal etapa europeia da digressão mundial "This Is Not A Drill", apresentada como "a primeira digressão de despedida" do músico de 79 anos.

A+ / A-

O concerto do músico britânico Roger Waters a 17 de março de 2023, na Altice Arena, em Lisboa, já esgotou, pelo que foi marcado um segundo concerto, no dia seguinte, revelou hoje a promotora Ritmos & Blues.

Segundo a promotora, os bilhetes para esta segunda data, na mesma sala de espetáculos, já estão à venda.

Roger Waters, um dos fundadores dos Pink Floyd, abrirá em Lisboa a etapa europeia da digressão mundial "This Is Not A Drill", apresentada como "a primeira digressão de despedida" do músico de 79 anos.

Desta "tour" foram já cancelados dois concertos em Cracóvia, na Polónia, por causa do posicionamento de Roger Waters em relação à guerra na Ucrânia. O músico atribui a responsabilidade pelo início do conflito aos "nacionalistas extremistas" ucranianos e critica a NATO e o Ocidente por fornecerem armas ao exército ucraniano.

Segundo adiantam alguns meios de comunicação da Polónia, as autoridades polacas pretendem declarar Roger Waters como "persona non grata".

No entanto, esta semana, incitado pelos fãs, Roger Waters escreveu uma carta aberta ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, dizendo que não quer que o mundo acabe numa guerra nuclear, porque tem filhos e netos, tal como a maioria "dos seus irmãos e irmãs um pouco por todo o mundo".

"A sua invasão da Ucrânia apanhou-me completamente de surpresa; foi um ato bélico hediondo de agressão, tenha ou não sido provocado", disse.

Roger Waters, que não se coibe de ir comentando a atualidade, deu uma entrevista esta semana em que elogia as mulheres e homens iranianos que têm protestado nas ruas do Irão, na sequência da morte de Masha Amini.

Masha Amini, de 22 anos, morreu no passado dia 16 de setembro, alguns dias após a sua detenção por ter infringido o estrito código sobre o uso de vestuário feminino previsto nas leis da República islâmica.

A digressão "This Is Not A Drill" deveria ter acontecido em 2020, mas foi adiada por causa da pandemia da covid-19. O músico só arrancou com o novo espetáculo em julho passado, com uma extensa viagem pela América do Norte, que terminará em outubro no México.

Em nota de imprensa, o músico explica que a digressão "This Is Not A Drill" é "uma inovadora e cinematográfica extravangância de rock and roll", com "dezenas de grande canções da era dourada dos Pink Floyd e também algumas novas canções".

Sem nunca esquecer as suas convicções políticas, Roger Waters acrescenta: a digressão é "uma incrível indireta à distopia corporativa na qual todos lutamos para sobreviver, e um apelo ao amor, proteção e partilha do nosso precioso e tão precário planeta Terra".

Roger Waters escolheu Lisboa para iniciar a digressão europeia, tal como aconteceu em 2011, quando apresentou, em duas noites na Altice Arena, num elaborado espetáculo visual, o álbum "The Wall", que os Pink Floyd editaram em 1979.

Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Digo
    01 out, 2022 Eu 12:09
    Nem que me pagassem, ia a um concerto deste "amiguinho do Putin" que alinhou inteiramente pela Realidade Alternativa Russa e desculpou a invasão criminosa da Ucrânia, pela Rússia. A não ser que fosse para o bombardear com ovos e tomates podres. Mas não se preocupe que não estará às moscas: de comentadores militares putinistas, a malta de certos partidos que acham que a culpa foi da Ucrânia, terá a "sua" assistência e Vão dar-se todos muito bem.
  • Anónimo
    30 set, 2022 Lisboa 18:45
    Porque não vai cantar para Moscovo? O seu pai, que morreu a combater um exército que invadia outros países, teria vergonha.

Destaques V+