06 out, 2022 - 19:00 • Núria Melo
"O que é isto de estar vivo?" Esta é a pergunta que serve de mote para a edição deste ano do Festival Internacional de Marionetas do Porto. São 14 espetáculos, que se desdobram entre o Rivoli, o Coliseu e o Teatro Carlos Alberto, o Constantino Nery e o Campo Alegre, passando pelo Teatro Helena Sá e Costa. Questionam “O Mistério da Vida” como explica à Renascença o diretor artístico do festival.
Igor Gandra diz que "de formas muito diferentes os espetáculos refletem sobre o que é isto de estar vivo, do ponto de vista biológico, mas também como seres humanos com aspirações".
Com sete espetáculos internacionais, Igor Gandra destaca o trabalho dos artistas da Eslovénia.
Still Life - Nove tentativas para preservar a vida de Tin Grabnar, do Ljubljana Puppet Theater, "transforma coelhos embalsamados em marionetas, e conseguem assim manipulá-los" refere Igor.
O espetáculo está marcado para os dias 7 e 8 de outubro, no Teatro Rivoli.
O FIMP espera, com humor, questionar o público sobre o mistério da vida. O diretor artístico do festival espera "pôr as marionetas e os objetos animados a interpelar o público" e a conversar sobre a vida.
A Renascença assistiu ao ensaio do espetáculo Maiakovski - O Regresso do Futuro. Uma co-criação do Teatro Ferro com o Teatro de Marionetas do Porto.
Uma peça que se debruça sobre "o universo do poeta da revolução", afirma Igor.
No Teatro e na poesia de Maiakovski, segundo nos conta, "é proposto aos espectadores que embarquem numa viagem no tempo".
Igor Gandra exlica que o Festival Internacional de Marionetas do Porto tem uma programação direcionada para um público adulto, mas com um workshop para os mais novos - o Fimpalitos.
Um workshop de contrução de marionetas que Igor diz ser "a mascote mutante do FIMP".
Ao longo das 33 edições do festival já foram contruídas e animadas milhares de mascotes.
Um festival com um olhar sustentável. Onde os workshops de contrução de marionetas aproveitam sobras de cenários de companhias do grande Porto.
O diretor artístico do festival destaca ainda mais dois espetáculos: "Corpus", que propõe um encontro entre uma peça escultórica, um manipulador e um músico; e "T" que investiga a relação entre o corpo e objetos como vigas, escadas e pneus.
Dois espetáculos com apresentação no Teatro Municipal do Campo Alegre.
Numa vasta oferta, o programa inclui ainda a exibição do documentário “Na Palheta com Dom Roberto”. O filme-testemunho terá transmissão no relvado superior da Estação de Metro da Trindade, no dia 15 de outubro.
Esta 33.ª edição integra ainda uma nova instalação do Teatro de Ferro, Arquivo Zombie.