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“Nayola”, de José Miguel Ribeiro, premiado em São Paulo

03 nov, 2022 - 05:40 • Lusa

O filme foi realizado a partir de uma peça de teatro de José Eduardo Agualusa e Mia Couto. Já tem distribuição garantida no Brasil e deverá estrear em Portugal no próximo ano.

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“Nayola”, a primeira longa-metragem de animação do realizador e produtor português José Miguel Ribeiro, recebeu o prémio do público como melhor filme de ficção internacional na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Os vencedores da edição de 2022 da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que terminou esta quarta-feira, foram divulgados numa cerimónia realizada na Cinemateca Brasileira.

O filme, a primeira longa-metragem de animação do premiado realizador e produtor português José Miguel Ribeiro, tem argumento de Virgílio Almeida, a partir de uma peça de teatro de José Eduardo Agualusa e Mia Couto, e a narrativa decorre entre 1995 e 2011, entre o final da guerra civil de Angola e os primeiros anos de paz no país.

“Um conflito tão longo foi o ‘leitmotiv’ para propormos ao espectador um filme sobre o impacto da guerra na vida de três gerações de mulheres da mesma família: Lelena (a avó), Nayola (a filha) e Yara (a neta), explicou o argumentista em nota de imprensa.

O filme, que já tem distribuição garantida no Brasil, cruza animação em 2D e 3D, tem produção da Praça Filmes em coprodução com Bélgica, França e Países Baixos, tendo já recolhido vários prémios internacionais. A estreia em Portugal acontecerá só em 2023.

Entre os premiados na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, segundo uma nota divulgada no 'site' da organização, estão como prémio do júri “Aftersun”, de Charlotte Wells (Reino Unido, EUA), como melhor filme, e Ali Junejo, ator de “Joyland”, de Saim Sadiq (Paquistão), Zelda Samson, atriz de “Dalva”, de Emmanuelle Nicot (Bélgica, França) e “Salgueiros Cegos, Mulher Dormindo”, de Pierre Földes (França, Canadá, Holanda, Luxemburgo), com menção honrosa.

Ainda como prémio do público, além de “Nayola” foram distinguidos “Exu e o Universo”, de Thiago Zanato (Brasil, Nigéria), como melhor documentário brasileiro, “O Mestre da Fumaça”, de André Sigwalt e Augusto Soares (Brasil), como melhor filme de ficção brasileiro e “Marcha Sobre Roma”, de Mark Cousins (Itália), como melhor documentário internacional.

“Noite Exterior”, de Marco Bellocchio (Itália) recebeu o prémio da crítica para melhor filme internacional, enquanto “Elis & Tom, Só Tinha de Ser Com Você”, de Roberto de Oliveira (Brasil), foi distinguido como melhor filme brasileiro nesta categoria.

O prémio da ABRACCINE de melhor filme brasileiro de diretor estreante foi entregue a “À Margem do Ouro”, de Sandro Kakabadze (Brasil), o prémio paraíso a “Walala”, de Perseu Azul (Mato Grosso - Brasil), enquanto Jorge Bodanzky recebeu o prémio humanidade.

Mais de uma dezena de filmes portugueses e outros com coprodução nacional, entre os quais "Alma Viva", Nayola" e "A noiva", estiveram na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começou em 20 de outubro no Brasil.

O festival contou com mais de 200 filmes, entre os quais longas-metragens que foram exibidas e premiadas em festivais durante o último ano, novos trabalhos de diretores consagrados e filmes de revelações do cinema.

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