26 dez, 2022 - 13:29 • Marta Pedreira Mixão com Lusa
O primeiro-ministro recordou António Mega Ferreira, que morreu esta segunda-feira, como “um notável jornalista e importante pensador e criador cultural”, destacando o seu papel na Expo98.
“António Mega Ferreira foi um notável jornalista e importante pensador e criador cultural. Ficará para sempre como um dos grandes mentores da Lisboa contemporânea. Sonhou e concretizou a Expo-98. Não como evento, mas como uma nova parte da cidade que amava”, escreveu António Costa, numa publicação na rede social Twitter.
O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, lamentou a morte do escritor e gestor cultural António Mega Ferreira, lembrando que "foi um pensador de rasgo cosmopolita".
"Foi um extraordinário intelectual público e um brilhante gestor cultural, uma combinação absolutamente incomum e que o distingue no panorama cultural português", afirmou o ministro, em comunicado.
Para Pedro Adão e Silva, António Mega Ferreira "deixa uma marca indelével na sociedade portuguesa".
"Foi um pensador de rasgo cosmopolita dotado de singular criatividade e notável capacidade de execução. Por tantas razões, deixa um grande legado ao País e permanecerá como exemplo", escreveu o ministro.
1949-2022
O escritor e ensaísta liderou a candidatura de Lis(...)
O presidente da Assembleia da República agradeceu a António Mega Ferreira por ter enriquecido o espaço público com um novo olhar sobre áreas como o oceano, a literatura ou a história.
“Como jornalista, ensaísta, escritor e gestor, António Mega Ferreira marcou o nosso espaço público. As suas ideias e realizações enriqueceram-nos, levando-nos a olhar de outro modo para o oceano, a história, a literatura e as artes. Obrigado, Mega!”, escreveu Augusto Santos Silva, numa publicação na rede social Twitter.
Ensaísta, poeta, antigo jornalista e gestor cultural, António Mega Ferreira morreu esta segunda-feira aos 73 anos, em Lisboa. O funeral irá realizar-se esta quarta-feira, em Lisboa, num trajeto entre o Teatro Camões, um dos palcos da Expo98, até ao crematório dos Olivais. Em nota, é referido que o velório terá início às 17h00 desta terça-feira, para a família, abrindo ao público a partir das 18h00 e encerrando às 22h00 horas.
A notícia foi avançada em nota publicada na página da Presidência da República, em que Marcelo Rebelo de Sousa lembra o "amigo de sempre", que foi seu colega desde o Liceu Pedro Nunes até ao fim do curso na Faculdade de Direito de Lisboa.
"Jornalista da imprensa e da televisão, editor, ficcionista, ensaísta, cronista, poeta, tradutor, gestor cultural, António Mega Ferreira foi uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século", refere a nota, que preta homenagem a "um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura".
Com mais de trinta obras publicadas, entre ficção, ensaio, poesia e crónicas, chefiou a candidatura e foi comissário da Expo98, depois presidente da Parque Expo, e também dirigiu a Fundação Centro Cultural de Belém, em Lisboa, entre 2006 e 2012.
A Câmara Municipal de Lisboa lamentou "profundamente" a morte de António Mega Ferreira, com o presidente da autarquia, Carlos Moedas, a lembrar o seu contributo na Expo"98.
O autarca e a Câmara Municipal de Lisboa, que em 2003 atribuiu a António Mega Ferreira a Medalha de Honra, transmitem os sentimentos à família e amigos.
"A Câmara de Lisboa lamenta profundamente a morte de António Mega Ferreira e envia à família e amigos sentidas condolências", lê-se numa publicação do município na sua página na rede social Facebook.
"Assumiu funções relevantes na liderança da candidatura de Lisboa à Expo"98, de que foi comissário executivo. Foi presidente da Parque Expo, do Oceanário de Lisboa e da Atlântico e presidiu à Fundação Centro Cultural de Belém", destacou o município da capital.
A Câmara de Lisboa referiu ainda que Mega Ferreira, "com cerca de 40 obras publicadas, entre ficção, ensaio, poesia e crónicas, viu a sua obra "Crónicas Italianas" ser distinguida com o Grande Prémio de Literatura de Viagens Maria Ondina Braga em 2022".