31 jan, 2023 - 15:55 • Rosário Silva
Considerado um dos maiores cantores de todos os tempos, Michael Jackson (1958-2009), à semelhança de outras “estrelas” mundiais da música, vai ter a sua vida imortalizada na tela, com o papel principal a ficar na família.
Jaafar Jackson, de 26 anos, foi escolhido para interpretar o seu famoso tio, Michael Jackson, num filme que pretende relatar a vida do “rei do pop”.
Apesar de não ter qualquer experiência como ator, a produção revela que a escolha do filho de Jermaine Jackson, irmão mais velho de Michael e membro dos 'Jackson 5', surgiu após um longo “casting” realizado a nível mundial.
"Conheci o Jaafar há mais de dois anos e fiquei impressionado com a forma como ele personifica organicamente o espírito e a personalidade de Michael. Foi algo tão poderoso que, mesmo depois procurar a nível mundial, ficou claro que ele é a única pessoa para assumir este papel”, destaca Graham King.
O produtor cinematográfico também conhecido pela sua prestação no filme de 2018, “Bohemian Rhapsody", sobre a vida de Freddie Mercury e dos Queen, mostra-se “muito entusiasmado por Jaafar ir interpretar o seu tio”.
Da própria família também chegaram ecos de felicidade, através de Katherine Jackson. “O Jaafar personifica o meu filho. É maravilhoso vê-lo a continuar o legado dos artistas e intérpretes Jackson”, afirmou em comunicado oficial.
Os elogios chegam igualmente pela voz do realizador, Antoine Fuqua.
"É incrivelmente emocionante ver Jaafar trazer Michael à vida. Houve uma ligação tão espiritual quando o conheci. Ele tem uma capacidade natural para encarnar o Michael e uma química muito grande com a câmara", diz o responsável por filmes como "The Equalizer", "Dia de Treino", "Assalto à Casa Branca", ou o recente "Emancipação", com Will Smith, entre outros sucessos cinematográficos.
Os produtores pretendem, através filme biográfico, contar a história da ascensão e o estrelato do "rei do pop", passando pela polémica vida familiar, as cirurgias plásticas e as acusações de pedofilia que o acompanharam nos últimos anos, até à morte em 2009, aos 50 anos, por paragem cardiorrespiratória provocada por um cocktail de sedativos.
"Os primeiros filmes da minha carreira foram videoclips, e ainda sinto que combinar filme e música é uma parte profunda de quem sou. Para mim, não há artista com o poder, o carisma e o puro génio musical de Michael Jackson”, destaca Fuqua, que reconhece a influencia do artista no seu próprio trabalho.
“Foi o primeiro artista negro a tocar em alta rotação na MTV. A sua música e essas imagens fazem parte da minha visão do mundo, e a oportunidade de contar a sua história no ecrã ao lado de sua música foi irresistível", observa o realizador.
Se tudo correr como previsto, a rodagem deve arrancar no último trimestre de 2023.