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Teatro Nacional de São Carlos procura nova direção artística

03 fev, 2023 - 11:13 • Maria João Costa

Foi aberto esta sexta-feira o procedimento internacional para a escolha da nova direção artística do Teatro Nacional de São Carlos. As candidaturas decorrem até 4 de abril. A soprano Elisabete Matos termina o mandato a 30 de junho, depois de ter sido prolongado nove meses pelo ministro Pedro Adão e Silva.

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A nova direção artística do Teatro Nacional de São Carlos deverá entrar em funções a 1 de julho. O concurso internacional para escolher quem irá substituir no cargo de diretora artística a soprano Elisabete Matos foi hoje lançado. As candidaturas terão de ser entregues até 4 de abril.

Em comunicado, a OPART, o Organismo de Produção Artística, E.P.E., estrutura liderada por Conceição Amaral que gere a sala de ópera, indica que a contratação em causa será para “o período de 1 de julho de 2023 a 30 de junho de 2027”.

“Recorde-se que, em setembro de 2022, o Ministro da Cultura determinou que a escolha do próximo/a diretor/a artístico/a do Teatro Nacional de São Carlos – assim como dos restantes Teatros Nacionais e da Companhia Nacional de Bailado – passaria a ser efetuada através de procedimento de seleção, a cargo de um júri especialmente designado para o efeito”, pode ler-se no comunicado enviado à imprensa.

O cargo foi até aqui exercido pela cantora lírica Elisabete Matos que terminou funções em setembro, mas que viu o seu mandato prolongado por mais 9 meses, por indicação do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. Elisabete Matos – que é livre de se recandidatar – está em funções até ao final de junho.

Quanto ao seu sucessor, irá, segundo o procedimento hoje aberto, exercer as funções em regime de exclusividade. Trata-se de um contrato para 4 anos com possível renovação. Quem se apresentar a concurso deverá enviar cartas de motivação e recomendação, bem como uma “apreciação crítica da atividade desenvolvida e dos resultados” do São Carlos nos últimos anos.

De acordo com o regimento, serão escolhidas por um júri cinco pessoas que passarão depois a uma fase de entrevistas. Esse júri, escolhido pelo ministério da Cultura sob proposta da OPART é composto pela presidente Conceição Amaral, pelo vogal da OPART Rui Morais, o administrador do Centro Cultural de Belém e curador Delfim Sardo, pelo antigo diretor do Teatro Nacional São João Nuno Carinhas e pelo musicólogo Rui Vieira Nery.

Quem será o novo diretor artístico do São Carlos terá um salário ilíquido de 5 mil euros, a que acrescem despesas de representação no valor de 300 euros e subsídio de alimentação. Recorde-se, contudo, que o Teatro Nacional de São Carlos vai estar encerrado durante mais de um ano para obras, previstas para ter início em janeiro de 2024 e que deverão decorrer até dezembro de 2025.

Face a este encerramento da sala, no procedimento internacional é pedido que os candidatos incluam uma proposta para uma “digressão nacional”, bem como atividades artísticas e culturais que privilegiem parcerias e coproduções durante o tempo do encerramento do teatro.

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