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Festa dos Tabuleiros de Tomar integra lista do Património Cultural Imaterial

08 mai, 2023 - 16:37 • Maria João Costa

A Direção Geral do Património Cultural inscreveu esta tradição de Tomar no Inventário Nacional. A manifestação religiosa e cultural ao culto do Divino Espírito Santo realiza-se em Tomar de 4 em 4 anos, desde 1987.

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Há referências à sua realização desde o século XIX. A tradicional Festa dos Tabuleiros, em Tomar foi hoje inscrita na lista dos Património Cultural Imaterial do Inventário Nacional. A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) confirma a sua publicação, em Diário da República.

É uma das atrações turísticas nacionais que acontece de 4 em 4 anos na cidade de Tomar desde 1987. A Festa dos Tabuleiros “integra-se nas festividades desenvolvidas ao Culto do Divino Espírito Santo”, indica a DGPC em comunicado.

Realizada normalmente no mês de junho, esta manifestação religiosa e cultural, dura dez dias prevendo a realização de várias atividades. O Grande Cortejo dos Tabuleiros, inicia-se com a Procissão das Coroas e Pendões do Espírito Santo no Domingo de Páscoa.

“A partir do último fim-de-semana de junho ou do primeiro de julho, durante um período de dez dias, várias atividades como o Cortejo dos Rapazes, os Jogdez os dos Rapazes, as Ruas Populares Ornamentadas, o Cortejo do Mordomo, Cortejos Parciais e Jogos Populares complementam-se até ao Cortejo dos Tabuleiros que ocorre no domingo, culminando com a distribuição de géneros alimentares, a Pêza, sempre à segunda-feira”, explica a DGPC.

Enraizada na tradição familiar de Tomar, a Festa dos Tabuleiros, indica o comunicado, faz parte de uma “manifestação intergeracional e efetua-se através da oralidade, observação e prática, com destaque para a participação feminina na qualidade de portadora do Tabuleiro, envolvendo todos os elementos da comunidade e fortalecendo os laços de pertença e de construção identitária”.

A proposta para integrar a lista do Património Cultural Imaterial foi avançada pela autarquia de Tomar ao Ministério da Cultura. “Com esta inscrição, a DGPC reconhece a importância da manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da respetiva comunidade, bem como os processos sociais e culturais nos quais a mesma teve origem, evoluiu e persiste na contemporaneidade”, detalha o comunicado.

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