12 set, 2023 - 23:50 • Redação
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O Telescópio Espacial da NASA, James Webb, pode ter descoberto fortes evidências de vida num planeta distante.
De acordo com a NASA, o que o telescópio pode ter detetado sulfeto de dimetila (DMS), uma molécula apenas produzida por organismos vivos.
Os investigadores sublinham que a deteção desta molécula, no planeta a 120 anos-luz de distância, “não é robusta” e são necessários mais dados para confirmar a sua presença.
Os pesquisadores também detetaram metano e CO2 na atmosfera do planeta.
A deteção destes gases pode significar que o planeta, denominado K2-18b, tem um oceano.
O professor Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, que liderou a pesquisa, disse à BBC que toda a sua equipa ficou “chocada” quando viu os resultados.
“Na Terra, o DMS é produzido apenas pela vida. A maior parte dele, na atmosfera terrestre, é emitido pelo fitoplâncton em ambientes marinhos”, disse o investigador.
É a primeira vez que os astrónomos detetam a possibilidade de DMS num planeta distante. Os investigadores estão a tratar os resultados com cautela, depois de em 2020 se ter falado sobre a presença de outra molécula nas nuvens de Vénus, chamada fosfina, que poderia ser produzida por organismos vivos.
Mesmo assim, o Dr. Robert Massey, vice-diretor da Royal Astronomical Society de Londres, disse estar entusiasmado com os resultados.
“Estamos a caminhar lentamente em direção ao ponto em que seremos capazes de responder à grande questão de saber se estamos sozinhos no Universo ou não”, disse Robert Massey.
“Estou otimista de que um dia encontraremos sinais de vida. Talvez seja isso, talvez em 10 ou mesmo 50 anos teremos evidências tão convincentes de que não estamos sozinhos no universo”, acrescenta o vice-diretor