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Pintura de Klimt reapareceu quase um século depois

26 jan, 2024 - 17:01 • Miguel Marques Ribeiro

A obra, que não era vista desde 1925, está avaliada entre 30 a 50 milhões de euros e vai ser posta à venda em abril.

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Uma pintura de Gustav Klimt, que se julgava perdida há 100 anos, foi encontrada em Viena.

A obra do artista austríaco, intitulada ‘Retrato de Fräulein Lieser' vai ser leiloada em abril pela leiloeira im Kinsky, estando avaliada entre 30 e 50 milhões de euros.

A redescoberta é descrita como uma “sensação” pela im Kinsky. “Há décadas que uma obra tão rara e com esta relevância artística não está disponível para compra no mercado de arte da Europa Central”, refere a leiloeira.

Margarethe Lieser, filha de Adolf Lieser, um industrial abastado da época, surge retratada de frente contra um fundo vermelho, no estilo avant-garde que celebrizou Klimt.

A obra provavelmente foi produzida em 1917, apenas um ano antes do célebre pintor morrer. Foi deixada com pequenas partes por terminar e posteriormente entregue à família Lieser, a abastada família austríaca de ascendência judia que tinha feito a encomenda.

Lucros vão ser divididos com herdeiros da família Leiser

O quadro foi visto pela última vez em público em 1925, numa exposição de obras de Klimt realizada na Neue Galerie, em Viena. A partir de então, só foi vista na versão a preto e branco apresentada no catálogo da exposição.

Não se sabe exatamente qual o destino posterior da peça, nem se foi roubada durante os anos conturbados em que o regime nazi se apoderou do poder na Áustria.

Em todo o caso, o retrato foi colocado sob a alçada dos Princípios de Washington, que salvaguardam os direitos dos descendentes de famílias judias espoliadas durante a Segunda Grande Guerra Mundial.

Assim, os lucros serão repartidos entre os atuais donos e os herdeiros da família Leiser.

As obras de Klimt são das mais valiosas no mercado. Lady with a Fan arrecadou 100 milhões de euros em junho, tornando-se a pintura mais cara vendida num leilão na Europa.

Antes da licitação, que terá lugar a 24 de abril, a obra estará em digressão mundial. Infelizmente Portugal não está no roteiro. Reino Unidos, Suíça, Alemanha e Hong Kong são os destinos previstos, informa a im Kinsky

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