19 fev, 2024 - 15:15 • Maria João Costa
Ninguém falta à chamada. São 25 anos do festival Correntes d'Escritas que colocou a Póvoa de Varzim no mapa da literatura. A abertura, num ano em que o tema é a Liberdade, está marcada para quarta-feira com a sessão inaugural a cargo do ensaísta José Gil que irá falar sobre “Literatura e Filosofia”.
Até dia 26 de fevereiro, o festival literário reúne mais de uma centena de convidados, entre escritores, ilustradores, editores, tradutores e músicos. O programa contempla 12 mesas que prometem encher o Cine-Teatro Garrett, o palco principal do festival.
Logo a 21 de fevereiro, os escritores Lídia Jorge e Hélder Macedo participam na primeira mesa que tem como tema “Foge-nos o Tempo já de Decidir”, inspirado em canções de intervenção, dado ser este o ano dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.
Neste encontro de escritores de expressão ibérica participam ao longo dos dias autores portugueses como Valter Hugo Mãe, Afonso Cruz, Bruno Vieira Amaral, Hélia Correia, João Tordo, Gonçalo M. Tavares, Laborinho Lúcio, mas também o cabo verdiano Germano Almeida e o angolano José Eduardo Agualusa.
Destaque também para os músicos como Pedro Abrunhosa, Sérgio Godinho, Amélia Muge ou Mafalda Veiga. Alguns participarão na mesa que tem como tema “Não há Machado que Corte a Raiz do Pensamento” que decorre na sexta-feira, dia 23.
Mas as Póvoa de Varzim é também palco de dezenas de lançamento de livros no decorrer do festival que está a completar 25 anos de vida e que é já uma marca no ano editorial português. Entre as novidades a serem apresentadas nas Correntes d’Escritas estão livros de autores de língua espanhola, como “O Quarto Vazio” de Juan Vicente Piqueras, “De Bestas e Aves” de Pilar Adón ou “Um Amor Fora de Tempo” de Cármen Yáñez, a viúva do escritor Luis Sepulveda.
Serão também lançados livros de autores como João de Melo, Hélder Macedo, João Paulo Borges Coelho, João Céu e Silva, Francisco Duarte Mangas, José Luís Tavares, Filipa Leal e Sérgio Godinho.
O festival faz-se também com teatro. Está de regresso o projeto “A Casa”, um espetáculo protagonizado por Álvaro Laborinho Lúcio, Luís Ricardo Duarte, Raquel Patriarca e Rui Spranger que tem lotação para 20 pessoas e que decorre no interior da Casa Manuel Lopes.
A assinalar os 25 anos de vida do festival no dia 22 abre, no núcleo museológico de São Pedro de Rates, a exposição bibliográfica e iconográfica comemorativa dos 25 anos das Correntes d’Escritas.