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E se houver um tsunami? Madeira vai testar capacidade de resposta

21 fev, 2024 - 16:40 • Lusa

O exercício PROCIVEX 2024 vai realizar-se em 23 de maio.

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O Serviço Regional de Proteção Civil da Madeira vai realizar um exercício em 23 de maio para testar a capacidade de intervenção dos meios de socorro em caso de "tsunami", indicou esta quarta-feira o presidente da instituição, António Nunes. "A probabilidade de ocorrência [de um tsunami] é muito baixa, mas compete à Proteção Civil imaginar que possa acontecer. Temos um cenário e exercitámos esse cenário para que os nossos profissionais possam saber qual a melhor forma de responder", explicou.

António Nunes falava no âmbito da cerimónia comemorativa do 42.º aniversário do Serviço Regional de Proteção Civil, no Funchal.

O exercício PROCIVEX 2024, que foi apresentado esta quarta-feira, vai realizar-se em 23 de maio e assenta num cenário que considera a possibilidade da queda de uma arriba nas ilhas Desertas, localizadas a cerca de 40 quilómetros do Funchal, provocar um "tsunami", o que afetaria com particular gravidade os concelhos do Funchal, Santa Cruz, Machico e a ilha do Porto Santo.

Numa intervenção na cerimónia do 42.º aniversário do Serviço Regional de Proteção Civil, António Nunes indicou que em 2023 foram sinalizadas 38.085 ocorrências e 35.254 chamadas no âmbito da emergência pré-hospitalar, sendo que a Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR) realizou 2.050 intervenções, das quais 896 no Porto Santo. O meio aéreo efetuou 161 missões e resgatou 26 pessoas em situação de perigo nas serras da Madeira, sendo apenas uma de nacionalidade portuguesa.

O responsável destacou também a aposta na formação, com 148 ações e 1.750 formandos.

Por outro lado, o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, indicou que o Governo PSD/CDS-PP, agora em gestão devido à crise política provocada pela investigação de suspeitas de corrupção na Madeira, que implicou a demissão do executivo, já investiu 25 milhões de euros no setor desde 2015. "O sistema de saúde está confiável, a Proteção Civil está confiável, temos iniciado vários caminhos com sustentabilidade, com segurança, com qualidade, e acima de tudo com formação e diferenciação", disse.

Pedro Ramos salientou ainda que a palavra "incómodo", a par com "investimento", é uma das que caracterizam a região autónoma. "Nós incomodámos porque somos diferentes", disse, para logo reforçar: "Nós somos Atlântico, nós somos autónomos. E, por sermos autónomos, somos diferentes."

O governante sublinhou que a Madeira pretende ser o "polo central do Atlântico", ao nível económico, financeiro, académico, científico e social, estando a trabalhar para o efeito "há vários anos".

"Naturalmente que pretenderam interromper essa liderança, naturalmente que não tiveram sucesso, porque, de facto, nós somos diferentes, somos autónomos, somos Atlântico", disse, numa alusão à crise política que motivou a demissão do executivo liderando pelo social-democrata Miguel Albuquerque.

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