14 mar, 2024 - 13:30 • Redação
A campanha de recolha de pilhas e equipamentos elétricos "Quartel Eletrão" resultou num apoio de 270 mil euros a bombeiros de todo o país.
A parceria entre o Eletrão e a Liga dos Bombeiros Portugueses já vai na 8.ª edição e surgiu para “passar uma mensagem ambiental à população”, diz à Renascença o diretor geral do Eletrão, Ricardo Furtado.
“Reconhecemos que as associações de bombeiros têm uma representatividade muito grande em todo o território, e uma ligação à comunidade que servem muito importante, então criámos esta parceria, que tem sido um sucesso”, avança.
A edição de 2023 do Quartel Eletrão teve a participação de 201 corporações de bombeiros, que são recompensadas com um “conjunto de prémios muito atrativos”, baseados em compensações financeiras por cada tonelada recolhida, a atribuição de um veículo de combate a incêndios à associação que recolhe mais a resíduos durante a campanha, entre outros prémios.
Para Ricardo Furtado, o crescimento da responsabilidade social relativa à reciclagem tem sido “notório e expressivo”, mas ainda é preciso perder “maus hábitos vindos de uma sociedade de consumo”.
“Todos nós somos acumuladores por natureza, ou seja, tendemos a guardar em nossa casa equipamentos elétricos, pilhas de pequena dimensão, e acabamos por esquecer. Por outro lado, também há um mau hábito que é importante combater, e que vai demorar algum tempo a ser ultrapassado, que é a colocação de pequenos equipamentos elétricos e pilhas no caixote do lixo normal.”
Também na esfera política é necessário que a reciclagem seja tema de conversa, defende o diretor geral. “Há políticas europeias bem definidas, mas é também determinante que, do ponto de vista nacional, o poder político esteja cada vez mais envolvido e saiba tomar as opções mais acertadas.”
Para além disso, Ricardo Furtado acredita que o fluxo de tratamento da reciclagem elétrica é “positivo para o país” uma vez que “gera milhares de postos de trabalho e, consequentemente, riqueza”.
“Todos estes resíduos, depois de serem recolhidos, são encaminhados pelo Eletrão para recicladores selecionados, que vão garantir um tratamento adequado, recuperando os materiais que os compõem: metais, plásticos, vidro... Depois são encaminhados para a indústria e servem para produzir novos produtos. Portanto, é aquilo que verdadeiramente se chama de economia ambiental”, constata o diretor geral do Eletrão.
Em 2023, o Quartel Eletrão recolheu 2.300 toneladas de equipamentos elétricos e pilhas, e, no total das edições, já foram encaminhadas para reciclagem mais de 14.000 toneladas.