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​Neuralink. Paciente com implante cerebral joga xadrez online

21 mar, 2024 - 03:45 • Ricardo Vieira, com Reuters

Noland Arbaugh, que ficou paralisado após um acidente de mergulho, conseguiu jogar por "telepatia".

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A empresa Neuralink, de Elon Musk, divulgou esta quarta-feira um vídeo em que mostra o seu primeiro paciente com um chip implantado no cérebro a jogar xadrez online apenas usando o poder da mente.

Noland Arbaugh, o homem de 29 anos que ficou paralisado abaixo do ombro após um acidente de mergulho, jogou xadrez em seu computador, movendo o cursor do rato usando o dispositivo Neuralink.

O implante cerebral pretende que as pessoas controlem um cursor ou teclado de computador usando apenas os seus pensamentos.

Arbaugh recebeu um implante da Neuralink em janeiro deste ano e pode controlar o rato do computador usando apenas os seus pensamentos, disse Elon Musk, no mês passado.

“A cirurgia foi super fácil”, disse Noland Arbaugh no vídeo transmitido na rede social X (antigo Twitter).

“Recebi literalmente alta do hospital um dia depois. Não tenho deficiências cognitivas”, salientou.

O paciente não joga apenas xadrez. “Eu tinha desistido de jogar aquele jogo”, disse Arbaugh, referindo-se ao jogo Civilization VI, mas “vocês [na Neuralink] deram-me a capacidade de fazer isso de novo e joguei por oito horas seguidas”.

Sobre sua experiência com a nova tecnologia, Arbaugh admitiu que ainda “não é perfeita” e que “enfrentaram alguns problemas”.

“Não quero que as pessoas pensem que é o fim da jornada, ainda há muito trabalho a fazer, mas já mudou a minha vida”, acrescentou.

Apesar da euforia da apresentação, Kip Ludwig, ex-diretor de programa de neuroengenharia no Instituto Nacional de Saúde dos EUA, sublinha que o que a Neuralink mostrou agora não é um “avanço”.

“Ainda estamos nos primeiros dias pós-implantação e há muito a aprender tanto do lado da Neuralink quanto do sujeito para maximizar a quantidade de informações para controlo que pode ser alcançada”, acrescentou.

Ainda assim, Ludwig considera que é um desenvolvimento positivo para o paciente o facto de ter conseguido interagir com um computador de uma forma que não conseguia antes do implante. “É certamente um bom ponto de partida”, diz Kip Ludwig.

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