15 jun, 2024 - 20:51 • Ana Catarina André com Maria João Costa
“Para mim parece-me óbvio”. É desta forma que Carlos Moedas responde à Renascença quando questionado sobre o futuro nome do Parque Tejo, onde este sábado arrancou mais uma edição do Rock in Rio Lisboa. Para o autarca de Lisboa, o espaço deverá chamar-se “Parque Papa Francisco”.
É tudo uma questão de tempo. “Penso que é uma decisão que vai ter de ser tomada. Não tenho agora nenhum calendário para tomar essa decisão, até porque houve várias controvérsias, mas para mim parece-me óbvio”, refere Carlos Moedas que admite que já lhe chama assim, depois do recinto ter acolhido a Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
“Eu chamo-lhe ‘Parque Papa Francisco’ e penso que não há qualquer dúvida sobre isso, mas vamos formalizar. Ainda tem que ser uma decisão que tem que ser levada à Câmara Municipal, tem que ser pensada. Como sabe os nomes das ruas, tudo isso, tem um critério, portanto temos que seguir todo um processo, mas sempre disse que este parque, para mim, é o ‘Parque Papa Francisco’”, afirma.
Questionado sobre o tipo de eventos que o recinto à beira Tejo possa vir a acolher no futuro, depois da JMJ e do Rock in Rio, Carlos Moedas diz que acha que “serão poucos, mas terão de ser muito marcantes”. Sem nada previsto para já, o autarca avança que “haverá seguramente muitas atividades, mas serão atividades sobretudo para a comunidade, com equipamentos desportivos”.
Para Moedas o Parque é uma “cidade verde”. “São 30 hectares de cidade verde, mas obviamente poderemos pensar também em grandes eventos como este, no futuro, mas eles não podem ser banalizados, ou seja, isto não é um parque de eventos constantes”, na opinião do presidente da Câmara.
O autarca que veio assistir a este primeiro dia de Rock in Rio Lisboa, no ano em que o festival assinala os seus 20 anos em Portugal, diz que esta parceria com o evento é para continuar. Carlos Moedas explica que vão “olhar para o protocolo”.
“Vamos olhar para o futuro, mas seguramente é para continuar, porque o Rock In Rio, mais do que um concerto de música, é um estilo de vida, é pensar na sustentabilidade, é pensar no futuro e, portanto, penso que é obviamente para continuar”, aponta o autarca.
Segundo o presidente da Câmara, o acordo depende de si, “mas também depende deles”. Mas Carlos Moedas faz questão de sublinhar: “Eu gosto muito do Rock In Rio e penso que é um evento que acrescenta muito à nossa cidade e ao nosso país”.
Questionado sobre a aprovação do próximo Orçamento do Estado, Moedas defende que deve haver diálogo entre todos os partidos. “Cada vez mais a política tem que ser feita para as pessoas e não a pensar nos partidos”, refere, dizendo que esse “diálogo é possível e tem de ser possível”.
O autarca de Lisboa lembra a aprovação da medida camarária que permitiu que os transportes públicos na cidade passassem a ser gratuitos para “os mais novos e para os mais velhos”, para sublinhar que não se tratou de “uma decisão partidária”. “É uma decisão para as pessoas e, portanto, é importante que os políticos percebam isso. Quando se dialoga com medidas que são para as pessoas, elas são possíveis. Os partidos políticos têm que aceitá-las e, portanto, espero que isso também aconteça a nível nacional.”