17 jun, 2024 - 14:35 • João Carlos Malta
A PSP quer evitar o “estacionamento caótico e selvagem” que se verificou junto à Estação do Oriente, durante o último fim de semana, no qual se realizou o “primeiro round” do Rock in Rio Lisboa (RiR).
A Polícia promete alterações cirúrgicas no próximo sábado e domingo para que situações irregulares que aconteceram não se repitam, com “possível reforço [de meios] através da Divisão de Trânsito e da Polícia Municipal”.
“Ainda assim esse estacionamento caótico e selvagem foi mitigado porque houve equipas volantes orientadas para que as irregularidades fossem, digamos, admissíveis, que não perturbassem a normal fluidez do trânsito e o normal acesso a prédios. Tudo isso foi tomado em linha de conta nos últimos dois dias”, disse à Renascença o comissário da PSP Bruno Pereira.
O mesmo comissário adianta que só no domingo foram rebocadas 10 viaturas e passadas muitas multas por estacionamento irregular, mas sem precisar o número.
Ó @rockinriolisboa , se calhar era boa ideia terem posto voluntários a orientar as pessoas para os shuttles na Gare do Oriente. Isto está para lá de caótico, ninguém sabe onde deve pôr-se à espera. pic.twitter.com/qxePXPWyxB
— PF (@PFreixo) June 15, 2024
Bruno Pereira diz que em eventos da dimensão do RiR há sempre por parte da Polícia a adoção do princípio da proporcionalidade na forma como aplica as leis. E em relação às queixas diz que um festival deste tipo terá “sempre um impacto atípico que um dia regular não trará”.
“Pedia alguma compreensão para isso, porque ter 80 mil pessoas a entrar para uma área de recinto, causa constrangimentos de monta”, avisa.
Em relação à chegada e saída de pessoas do recinto, o porta-voz da PSP assume que na chegada, entre as 15h30 e 16h00, houve picos de afluência aos terminais de autocarros na Gare do Oriente para seguir para a zona do Parque Tejo. Mas sublinha que os mesmos foram sendo resolvidos.
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“Houve um momento de maior enchente, mas foi rapidamente mitigado com um ajuste operacional para puderem embarcar mais pessoas, sem colocar a segurança em perigo”, explica.
Já em relação à saída, após os espetáculos, diz que a mesma decorreu durante 1h50.
Mas se o tempo parece muito, Bruno Pereira contrapõe: “Temos de ter a ideia de que são 80 mil pessoas. Algumas foram a pé, mas grande parte delas foi de autocarro mais do que de comboio”, esclarece.
Bruno Pereira acrescenta ainda que a PSP tentou, naquela altura, encontrar itinerários alternativos para os autocarros e assim dar maior fluidez ao trânsito daqueles transportes.
“Se foi feito de forma perfeita, isso era utopia”, assume.
Bruno Pereira congratula-se por a quase inexistência de ocorrências com exceção de casos pontuais “de pessoas que se sentiram mal”.
Em relação a alterações para a próxima semana no trânsito e circulação à volta do evento, o responsável da PSP anuncia que haverá mudanças que quer que se traduza em melhorias no próximo fim-de-semana.
“Ao dia de hoje já estamos a trabalhar nisso”, disse.
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Ainda assim, o comissário Bruno Pereira não quis adiantar o que vai de facto mudar a 22 e 23 de junho na estratégia policial de fluidez e regulação de trânsito nas imediações do Rock in Rio.