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Cultura

"Orfeu e Eurídice". Um clássico da literatura adaptado às marionetas

27 jun, 2024 - 17:02 • Redação

A peça ainda não estreou e já é um sucesso. Os bilhetes para a primeira sessão estão esgotados.

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Entra em cena esta quinta-feira no Teatro de Marionetas do Porto a peça "Orfeu e Eurídice", "uma história que fala de amor e de redenção, de sacrifício e de superação", descreve o encenador Roberto Merino à Renascença.

"O mito de Orfeu nasce na Grécia, mas, fundamentalmente, é tratado mais tarde por um poeta latino em Roma", conta o artista, que admite ter uma ligação forte com a literatura clássica dada a "qualidade dos textos".

A trama começa pela viagem do personagem principal até Hades [equivalente ao inferno Cristão] para resgatar a sua mulher que havia morrido precocemente.

Esta jornada acaba por não correr como esperado, levando a um caminho de superação do personagem em relação ao tema da morte, que o encenador considera "eterno".

O recurso às marionetas é um desafio comparativamente ao teatro de atores, explica Merino, que salienta a dificuldade de dar expressão a um objeto estático. Refere no entanto que, de certa forma "o teatro de marionetas se supera pelo facto de termos um ator que é um manipulador, que dá voz à figura, mas que tem que encontrar a alma do objeto".

Marionetas essas que apresentam uma novidade na sua forma de conceção. Ao contrário do que acontece normalmente, em que estes objetos são feitos à base de papel, as figuras são criadas através de uma impressora 3D, permitindo um maior detalhe comparativamente ao método tradicional.

A peça permanece em cena até ao dia de 7 de julho, com sessões de quinta a sábado às 19h00 e ao domingo às 16h00.

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