31 jul, 2024 - 13:41 • Jaime Dantas , Marta Pedreira Mixão
A edição deste ano da "Feira do Livro do Porto" começa a 23 de agosto nos jardins do Palácio de Cristal para trazer, ao longo de 17 dias, atividades "para todos", promete o presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), Rui Moreira.
Este ano, a feira conta com 130 bancas que vão receber 115 editoras, livreiros e alfarrabistas. De fora ficaram várias editoras devido à limitação do espaço. Rui Moreira lamenta a situação, mas refere que, "como tudo na vida, é preciso condicionar e não destruir o espaço através da sobreocupação".
À semelhança de anos anteriores, a oferta não fica apenas pelos livros, são mais de 100 atividades culturais as que estão presentes no cartaz: 16 conversas, 15 sessões de poesia e humor, quatro sessões de cinema, 21 concertos, apresentações de livros e várias atividades para crianças e famílias.
Todos os anos o evento homenageia uma personalidade da literatura portuguesa e, este ano, será Eugénio de Andrade, um nome que tem "perseguido" a organização do evento - da responsabilidade da CMP - desde que existe esta dedicatória, "mas que, depois por uma razão ou por outra, nunca se fez", revela o autarca.
"O Eugénio também tem uma tal dimensão que acho que ele não se importava [de esperar pela homenagem]", brincou Rui Moreira.
O presidente da câmara refere que o evento que decorre na a Avenida das Tílias é "uma oportunidade única para conhecer e aprofundar a obra" de Eugénio de Andrade e para descobrir "outras facetas" do poeta.
"A feira não deixará de ser permeável ao acontecimento histórico que nos legou a democracia", adiantou ainda Rui Moreira, explicando que a Feira do Livro terá como "pano de fundo" os 50 anos do 25 de Abril.
Questionado pelos jornalistas sobre o valor investido no evento, que ronda os 650 mil euros, à semelhança da edição anterior, o autarca refere que este "é completamente sustentável".
"Muito desta verba entrar também no ecossistema, através da programação cultural que o município do Porto adquire, acho que toda a gente compreende que isto é mesmo um daqueles investimentos que vale a pena", remata Rui Moreira.
À margem da apresentação da programação do evento, quando questionado sobre o arranque da operação do "metrobus" em setembro, como previsto pelo Metro do Porto, Rui Moreira aproveitou o mote do evento para dizer que considera que esta previsão é "uma ficção"
"Estamos na apresentação da Feira do Livro, na Feira do Livro encontra-se imensa ficção. Gosto imenso de ficção. Estamos a falar de ficção", respondeu Rui Moreira.
Fonte oficial da Metro do Porto afirmou na quinta-feira que a empresa queria antecipar o prazo de chegada dos veículos do "metrobus" de abril de 2025 para o último trimestre deste ano. O novo serviço ligará a Casa da Música à Praça do Império em 12 minutos e à Anémona em 17 minutos.