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Festival de Órgãos. Porto recebe mais de 400 organistas com espetáculos imersivos

18 out, 2024 - 23:15 • Redação

De 19 de outubro a 1 de dezembro, a invicta torna-se na "cidade dos órgãos". Leo Van Dosselaar, artista que vai inaugurar o festival, tocou um excerto de uma peça em exclusivo à Renascença.

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O Festival Internacional de Órgãos e Música Sacra (FIOMS) regressa à cidade do Porto pelo quarto ano consecutivo. Na visão do diretor artístico, Filipe Veríssimo, as expectativas para a edição de 2024 são altas e espera que o certame traga ainda "mais turismo" e "retorno económico".

"O nosso objetivo é fazer com que o órgão tubo se faça ouvir por todo o mundo", começa por dizer o diretior artístico, ao falar sobre a edição atual do Festival Internacional de Orgãos que, este ano, vai receber mais de 400 intérpretes de todo o mundo, num total de 38 espetáculos.

"Temos como missão a preservação do património, valorizá-lo e depois também passá-lo e inspirar as gerações futuras".

Nas palavras de Filipe Veríssimo, o Porto pode ser livremente apelidada de "cidade dos órgãos" porque não existe em mais nenhum pais uma cidade que concentre uma grande "diversidade de instrumentos" no que diz respeito a essa arte. É, assim, um "património que é único no contexto internacional".

Este ano, Espinho junta-se à mais de uma dezena de municípios parceiros do festival, onde vai ser possível assistir a um concerto de órgão de tubos na Igreja Matriz. Algumas das performances prometem dar ao público uma experiência imersiva.

Sé do Porto, um dos locais que acolhe o FIOMS. Foto: Rafael Pinto
Sé do Porto, um dos locais que acolhe o FIOMS. Foto: Rafael Pinto
Leo Van Dosselaar, organista convidado, num ensaio geral. Foto: Rafael Pinto
Leo Van Dosselaar, organista convidado, num ensaio geral. Foto: Rafael Pinto

"As pessoas podem ouvir um pouquinho de música, visitar o espaço, a igreja, e ter contato com esse património", explica. Igrejas da Lapa e de São João Novo são alguns dos exemplos.

Um balanço geral, nota que a adesão ao festival tem vindo a crescer ao longo dos anos, especialmente no "pós-pandemia". "Eu creio que neste momento, até com o clima que vamor ter, a adesão ainda vai ser superior este ano", acredita Filipe Veríssimo.

O órgão é um instrumento que, à primeira vista, pode parecer complexo, mas como um pouco de prática torna-se simples. É esta a visão de Leo Van Dosselaar, organista que foi escolhido para orquestrar o concerto inaugual, a realizar-se este sábado, na Sé do Porto.

Foi no alto do interior da Sé, com vista periférica desde o fundo da Igreja até ao altar, que o músico neerlandês explicou como se faz música com um órgão e acabou mesmo por tocar um excerto de uma das suas obras.

Leo Van Dosselaar toca excerto de uma das suas peças
Leo Van Dosselaar toca excerto de uma das suas peças

Uma das particularidades que mais fascinou o artista em Portugal é o facto de haver um sistema muito rico em trompetes. "Cada país tem diferentes tipos de órgãos", revela Van Dosselaar, ao mesmo tempo que diz sempre querer aprender mais sobre a história de cada órgão que se cruza. "Às vezes, temos de ser como um professor. Temos de estudar todos os elementos", afirma.

Estudar as pausas e conhecer as limitações do instrumento é aquilo que Leo aponta ser extremamente necessário para uma boa sinfonia, pois "cada órgão é completamente diferente" de todos os outros.

O Festival Internacional de Órgãos e Música Sacra decorre entre 19 de outubro a 1 de dezembro. O programa pode ser consultado na página oficial do Facebook do evento.

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