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Capital Portuguesa da Cultura

Capitais da Cultura de Braga e Ponta Delgada unidas pelo Festival Utopia

16 nov, 2024 - 11:22 • Maria João Costa

No arranque da segunda edição do Festival Utopia, foi anunciada, pelo autarca de Braga, uma parceria com Ponta Delgada. A ideia é “extravasar” os limites do concelho, disse Ricardo Rio e levar o evento, em 2026, até aos Açores, à Capital Portuguesa da Cultura.

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Braga será a Capital Portuguesa da Cultura, em 2025, e Ponta Delgada, nos Açores, em 2026. As duas cidades portuguesas ficam agora unidas pelo Festival Utopia. A parceria foi anunciada na sexta-feira, no arranque da segunda edição do evento, em Braga.

Depois de no ano passado, na primeira edição, ter sido assinado um protocolo de colaboração entre o Festival Utopia de Braga e outros eventos literários, como o Fólio, de Óbidos e o 5L de Lisboa, este ano, foi alargada essa parceria.

No Espaço Vita, em Braga, onde decorreu a sessão inaugural, o autarca Ricardo Rio anunciou que queriam “estender para outros concelhos” o Utopia. “Ponta Delgada, sendo a Capital Portuguesa da Cultura em 2026 vai poder acolher, em parceria connosco e a The Book Company, uma edição do Utopia em 2026”, explicou o presidente da Câmara de Braga.

Presente na cerimónia de abertura esteve Katia Guerreiro, que é a comissária de Ponta Delgada, Capital Portuguesa da Cultura 2026. A fadista confessou que o Utopia “suscitou imediatamente interesse assim que terminou a primeira edição”.

Katia Guerreiro assumiu que poderia ser “um bocadinho utópico”, mas sentiu a vontade de “poder realizar este mesmo festival em Ponta Delgada”. “Estamos a falar de ilhas no meio do Atlântico, uma região ultraperiférica”, referiu a comissária vendo nisso um desafio.

“Temos de tentar contrariar isso” disse a fadista. Pegando no “exemplo de Braga”, com quem disse partilhar “valores da identificação cultural, mas também de uma afirmação cultural no território nacional e internacional”, a comissária de Ponta Delgada vai assim replicar nos Açores uma edição do Utopia.

“São territórios mais pequenos, mas que têm uma identidade tão forte, com muita cultura, muito talento, muita criatividade e que precisam de ter esta visão, de se fazer mostrar e afirmar no mundo enquanto centros de pensamento, de cultura e de valor”, afirmou.

Também Ricardo Rio, que viu a sua cidade de Braga ser distinguida esta semana na Web Summit como Cidade Europeia da Inovação, sublinhou que querem “extravasar” para outros concelhos o evento.

“É um projeto representativo do nosso território. A nossa estratégia para o futuro, vai extravasar as fronteiras do nosso concelho, graças ao trabalho que tantos realizam diariamente na afirmação da cultura como este valor essencial para o nosso crescimento, para a nossa qualidade de vida, para a nossa qualificação”, disse o autarca perante a plateia.

Antes da sessão inaugural com a escritora franco-marroquina Leila Slimani, Katia Guerreiro afirmou ainda que esta parceria entre Braga e Ponta Delgada irá “aproveitar um terreno de visibilidade para dois territórios pequenos, mas tão fortes e tão importantes culturalmente”.

O Festival Utopia decorre em Braga até ao próximo dia 24 de novembro. Passam pela cidade nomes como os dos escritores Gonçalo M. Tavares, João Tordo, Valter Hugo Mãe, Inês Pedrosa, Miguel Sousa Tavares, Rodrigo Guedes de Carvalho, Tatiana Salem Levy ou Paula Hawkins.

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