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Grande e peluda. Nova espécie de tarântula encontrada em Cuba

26 nov, 2024 - 19:04 • Miguel Marques Ribeiro

Ainda mal foi descoberta e a Trichopelma grande já levanta preocupações de conservação.

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Um grupo de cientistas descobriu uma espécie única de tarântula na Parque Nacional de Viñales, em Cuba.

Num artigo publicado no Journal of Natural History, o espécime é descrito “como o maior representante conhecido de Trichopelma”, um género de tarântulas existente no Caribe e na América do Sul.

Apesar de medir apenas 2,54 centímetros, os cientistas chamaram-lhe Trichopelma grande, devido à robustez do aracnídeo, descrito ainda como “o único com pernas tão peludas”.

A investigação foi conduzida por David Ortiz, da Universidade de Masaryk, da República Checa, em parceria com Elier Fonseca, da sociedade Zoológica de Cuba.

Embora um primeiro exemplar desta tarântula já tivesse sido encontrado, em 2008, só agora foi possível confirmar que se tratava, de facto, de uma nova espécie.

Segundo a agência EFE, os cientistas encontraram quatro exemplares de Trichopelma masculinas e jovens a pouca distância entre si. Foram localizados no solo, em tocas, o que indica tratar-se de uma espécie não arbórea.

A tarântula não vem descrita nos livros de história natural da ilha, o que indica tratar-se de uma espécie ainda não estudada.

O artigo acrescenta que é provável que a nova espécie tenha “comportamento alimentar generalista e uma picada ligeira, menos poderosa do que a de uma abelha”.

No entanto, ainda mal foi descoberta e esta Trichopelma já pode entrar no grupo de animais em risco: “apesar da sua aparência distinta, esta espécie pode ser escassa, posicionando-a como uma potencial preocupação de conservação”.

Viñales. Um hotspot de biodiversidade

“As ilhas das Grandes Antilhas, que compreendem Cuba, Hispaniola, Jamaica e Porto Rico, são consideradas laboratórios naturais de biogeografia e evolução”, diz o estudo.

O facto de estarem separadas proporcionou a emergência de ecossistemas especialmente ricos e diversificados.

“Múltiplos organismos sofreram uma diversificação particularmente forte em diferentes ilhas das Grandes Antilhas”, enfatiza a pesquisa.

A zona de Viñales, em particular é classificada como “um hotspot de biodiversidade no oeste de Cuba”.

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